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25/12/2014 10:29

Retrospectiva: supremacia nacional, decepções e dupla na Seleção

Cruzeiro fatura de novo o Brasileiro e leva o estadual, mas cai de forma precoce na Libertadores e perde Copa do Brasil no Mineirão. Éverton e Goulart são convocados

Retrospectiva: supremacia nacional, decepções e dupla na Seleção
Campeão estadual, brasileiro que mais avançou na Libertadores, finalista da Copa do Brasil e campeão brasileiro. Foi um ano especial para o Cruzeiro, até mais do que 2013, quando a Raposa já havia levado o Brasileirão. A temporada que chega ao fim teve Marcelo Moreno goleador, Ricardo Goulart e Éverton Ribeiro na seleção brasileira e o elenco celeste mostrando ainda mais força, liderando o Brasileirão por 33 rodadas seguidas.

Ainda assim, nem tudo foram flores. O principal revés foi a eliminação nas quartas de final da Libertadores, para o San Lorenzo. Além disso, houve derrotas incômodas, como diante do Flamengo, no Maracanã, e os clássicos perdidos para o Atlético-MG - foram quatro no ano, sendo dois na final da Copa do Brasil.

Deu Certo

O atacante Marcelo Moreno foi a principal contratação do Cruzeiro para 2014. Chegou com moral pelo passado com a camisa celeste, com a qual foi artilheiro da Libertadores em 2008, e já com status de ídolo. No entanto, vinha de um ano em baixa no Flamengo. No Rio, não emplacou e passou a maior parte da temporada no banco. Moreno reencontrou o bom futebol no Cruzeiro e foi o artilheiro do time no Brasileirão, com 15 gols. Para 2015, o futuro do atacante na Toca segue incerto.

Deu Errado
Apesar do ano vitorioso do Cruzeiro, é possível encontrar problemas. Um exemplo foi a participação de jogadores renomados, como Borges, Júlio Baptista, Dagoberto e Tinga. Pelo menos dentro de campo, esses quatro ajudaram pouco. Borges praticamente não jogou; passou o ano tentando voltar de lesões sucessivas. Tinga também foi pouco aproveitado e terminou a temporada se recuperando de uma fratura séria na perna (veja no vídeo). Dagoberto e JB até tiveram um número de participações considerável, mas foram pouco decisivos, principalmente o segundo.

O Cara

Se em 2013 o destaque do Cruzeiro foi Éverton Ribeiro, em 2014 o posto parece ter ficado com Ricardo Goulart. Os 14 gols marcados no Brasileirão renderam ao meia até uma convocação para a seleção brasileira. Goulart viveu a melhor temporada da carreira e foi um dos principais responsáveis por levar o time mineiro à conquista do segundo Brasileiro seguido.

A Revelação

Alisson já estava nos profissionais desde 2013, mas foi em 2014 que deixou de ser uma promessa e virou realidade. Após a Copa do Mundo, o jogador de 21 anos se tornou titular e foi decisivo em várias partidas. O ano só não foi melhor para ele porque uma lesão o tirou da reta final da temporada, inclusive a decisão da Copa do Brasil, contra o Atlético-MG. Foi contra o rival que o meia marcou seu mais belo gol pelo Cruzeiro.

A Vitória

O título brasileiro foi sacramentado diante do Goiás, no Mineirão. No entanto, foi apenas uma formalidade, após a grande vitória sobre o Grêmio, na rodada anterior, em Porto Alegre. Depois de passar sete anos sem vencer o Tricolor gaúcho no Sul, o Cruzeiro conseguiu uma virada improvável. Foi atropelado no primeiro tempo, numa atuação para comemorar ter ido para o intervalo perdendo por 1 a 0. Na etapa final, no entanto, o time foi outro. Com gols de Goulart e Ribeiro, venceu e chegou aos 73 pontos, número que nenhum outro concorrente conseguiu.

O Golaço

O Cruzeiro fechou 2014 com estilo. O último gol do ano, na partida em que se celebrava a conquista do Brasileirão, foi uma pintura de Marcelo Moreno, de voleio, na vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense. O curioso é que o boliviano já havia marcado de voleio contra os tricolores no primeiro turno. O segundo, no entanto, foi ainda mais plástico.

A Defesa

Não foi só o poderio ofensivo que fez do Cruzeiro campeão brasileiro. Sempre seguro, o goleiro Fábio fez das dele. Um bom exemplo foi no empate por 3 a 3 com o Fluminense, no Maracanã, em que emplacou uma sequência de defesas, a última delas impressionante.

O Mico

Nem mesmo o Cruzeiro conseguiu ter atuação de campeão em todos os jogos. Foi o caso da derrota por 3 a 0 para o Flamengo, no Maracanã. Não bastasse o revés, a defesa ainda teve tarde infeliz. No primeiro gol, Dedé tentou cortar passe e marcou contra. No terceiro, Fábio e Manoel bateram cabeça, deixando fácil para o adversário ampliar. Como se não bastasse, o jogo guardou um dos lances mais cômicos do ano: a comemoração do gol que não ocorreu. Nilton subiu de cabeça e mandou para fora. Ainda assim, não teve dúvidas: correu para o abraço como se tivesse balançado as redes.

A Decepção

Embora tenha sido o brasileiro que mais avançou, no Cruzeiro é comum o discurso de que a saída da Libertadores foi precoce. A queda para o San Lorenzo não foi bem digerida, mesmo que os argentinos tenham sido campeões. Após derrota por 1 a 0 em Buenos Aires, o time celeste não conseguiu passar de um empate por 1 a 1, no Mineirão. Levou um gol logo no início, se abalou e teve força apenas para um gol. A eliminação na competição continental foi mais lamentada até que a queda para o rival Atlético-MG na final da Copa do Brasil.

A Frase

A estreia do Cruzeiro na Libertadores foi marcada por uma cena triste. O volante Tinga foi vítima de racismo por parte da torcida do Real Garcilaso durante a derrota por 2 a 1 na Bolívia. A revolta fez o diretor de futebol Alexandre Mattos soltar o verbo:

- Mexeram com um gigante, e vamos atropelar agora

1398 visitas - Fonte: GE




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