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9/12/2014 09:41

Depois de brilhar no América, Gilson quer provar que tem valor para se destacar no Cruzeiro

Em entrevista ao Superesportes, lateral-esquerdo comenta expectativas para 2015

Depois de brilhar no América, Gilson quer provar que tem valor para se destacar no Cruzeiro
Gilson encara o retorno ao Cruzeiro como a maior chance da carreira. É a oportunidade de apagar uma passagem frustrante, na qual fez apenas seis jogos em 2012 e não deixou saudades. É a hora de apresentar o futebol que o consagrou como grande destaque do América na Série B do Campeonato Brasileiro de 2014. É o momento de mostrar serviço a Marcelo Oliveira. Amadurecido depois de ser três vezes emprestado, o lateral-esquerdo, que atuou no meio-campo sob o comando de Givanildo Oliveira, quer conquistar seu espaço na Toca da Raposa II em 2015.

Para Gilson, aliás, o returno da Série B foi determinante na volta ao Cruzeiro. Na função de armador, ele marcou seis gols em nove partidas. Ao todo, o atleta fez 33 apresentações na competição nacional e 48 na temporada (contando um amistoso). Deu 11 assistências. Prova de que condições físicas e técnicas estão em alta.

Confiante em uma grande passagem na Toca da Raposa II, Gilson fala em entrevista ao Superesportes sobre a expectativa de disputar a Copa Libertadores, a concorrência com Egídio – melhor lateral-esquerdo do Brasileiro – e o grande momento com a camisa do Coelho que o credenciou a retornar ao clube que detém 75% de seus direitos econômicos.

Talvez seja a grande oportunidade de sua carreira. A chance de apagar uma passagem frustrante de 2012. Como você encara o desafio?

Espero que possa ter oportunidades. Em 2012, não tive oportunidades. Fiz um jogo como titular no Campeonato Mineiro e o time estava no início da preparação física. Depois disso, praticamente não tive mais oportunidades. Entrei algumas vezes faltando dez, cinco minutos para acabar o jogo. Espero que possa mostrar meu valor agora.

Em 2010, o Marcelo Oliveira trabalhou contigo no Paraná Clube. E o presidente Gilvan de Pinho Tavares diz que seu retorno foi um pedido do técnico do Cruzeiro. Você chegou a conversar diretamente com o Marcelo?

Trabalhei com o Marcelo em 2010, no Paraná Clube. Ele me indicou. Depois de 15 jogos, fui vendido para o Grêmio. Não tive nenhuma conversa direta com ele, mas me passaram que eu tinha de me apresentar ano que vem. Que o clube não teria mais interesse em emprestar. Mas não conversei diretamente com o Marcelo.

No América, você foi escalado como armador no returno da Série B. O Raul acabou fazendo a função de lateral-esquerdo. No Cruzeiro, há a preferência entre meio e lateral?

Minha posição de origem sempre foi lateral. Já havia jogado em outras equipes no meio-campo, mas nunca tive essa sequência do América. Adaptei-me muito bem à posição. Estou à disposição. Quero é jogar. Quero ajudar. Se tiver a oportunidade, estarei ajudando. Seja na lateral ou no meio, como fiz no América. Meu pensamento é contribuir no ano de 2015.



Você sempre deixou claro o desejo de continuar no América caso o Cruzeiro não manifestasse interesse. Era uma preferência do Gilson ficar em Belo Horizonte?

Belo Horizonte é uma cidade onde minha família e eu nos adaptamos bem. Além disso, tenho um carinho muito grande pelo América, que sempre confiou no meu trabalho. Sou muito grato ao América. Mas não depende só de mim. E o Cruzeiro demonstrou interesse na minha volta. Quem não quer voltar a um clube que está brigando todos os anos por títulos, né?! Estou muito feliz.

E a concorrência no Cruzeiro? O Egídio foi eleito o melhor lateral-esquerdo do Brasileiro. E se precisar no meio, há Willian, Marquinhos, Alisson e outros...

Tudo será definido dentro de campo. O Cruzeiro vem com uma base montada, a base formada, quem está jogando, quem entra, quem mantém o ritmo. Há dois anos o Cruzeiro atua assim. Só que eu confio plenamente no meu futebol e na minha capacidade.

O Egídio, para mim, é o melhor lateral-esquerdo na atualidade. Mas retornando ao Cruzeiro, quero brigar para jogar, claro, sempre com respeito aos companheiros. Vou me dedicar nos treinamentos para provar, no dia a dia, que tenho condições.

Você já jogou a Libertadores pelo Grêmio, em 2011. Agora, no Cruzeiro, mais uma oportunidade. Qual a expectativa?

Já disputei uma Libertadores pela equipe do Grêmio. Marquei um gol, inclusive (contra o Oriente Petrolero, na fase de grupos da competição). Mas infelizmente fomos eliminados nas oitavas de final. Hoje sei que é um sonho do Cruzeiro. Não estava no clube, mas vinha acompanhando. O grupo é forte. E tende a se fortalecer mais. Se eu tiver a oportunidade de estar inscrito, ficarei muito feliz. Quem sabe, conquistar um título tão importante que é a Libertadores.

A boa temporada que fez pelo América pesou na volta ao Cruzeiro? Aliás, considera o grande ano da carreira?

Foi a melhor temporada da minha carreira. Fiz 48 jogos e quase sempre atuando 90 minutos. Foi o melhor ano da minha vida. Espero que em 2015 não seja diferente. Tomara que eu tenha oportunidades e consiga dar sequência no Cruzeiro. Queremos mais títulos importantes.

O segundo turno da Série B foi fundamental. Tivemos arrancada muito boa. Mesmo com a perda de pontos e a presença momentânea na zona de rebaixamento, nos recuperamos e brigamos até a última rodada pelo acesso. Então foi determinante para o Cruzeiro demonstrar interesse e ver que eu tenho valor.

Só faltou coroar com o acesso à elite (O América foi o quinto da Série B, com 61 pontos). Se não fosse a perda de pontos no STJD...

Nós merecíamos esse acesso pelas dificuldades. Depois da perda dos pontos, ninguém falava que o América tinha condições de conseguir o acesso. Todo mundo duvidava. Não colocavam o clube como favorito. Mas com muita humildade e trabalho, fomos buscando até o fim. E ficamos a apenas um ponto (Avaí terminou em quarto, com 62). Essa perda de seis pontos (pela escalação irregular do lateral-esquerdo Eduardo) nos prejudicou muito.

Mesmo não conquistando o acesso, nós tivemos a terceira melhor campanha (20 vitórias, 7 empates e 11 derrotas). Isso nos deixa chateado, né?! O time com a terceira melhor campanha fica de fora da Série A por conta de punição do STJD...

Teve alguma proposta de fora?

Que eu saiba não. Acabou a competição e já vim para minha cidade (Campo Grande-MS). Não conversei com o empresário, mas acredito que não. A gente fica sabendo mais por vocês da imprensa, mas não houve nada de concreto.

1434 visitas - Fonte: Superesportes.com.br




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