Talvez tenha sido maior a dificuldade de Ricardo Goulart em segurar os dois pesados troféus que ganhou nesta segunda-feira do que a que ele teve em campo, de fato, para ser votado como melhor meia e melhor jogador do Campeonato Brasileiro. Mesmo carregando sozinho os prêmios, ele se lembrou do esforço em conjunto com seus colegas de Cruzeiro.

"Acho que fiz por merecer os votos. Tinha grandes concorrentes e fiquei bastante feliz por esses dois troféus que vão ficar muito bonitos na minha estante. Mas venho ressaltar a força do grupo. Sem meus companheiros, não teria conseguido. Isso aqui vai para eles também", disse o jogador, após premiação concedida pela revista Placar, em parceria com a ESPN, nesta segunda-feira.

A honraria é concedida a partir das notas dadas por jornalistas da revista durante a disputa. Pontuação que Goulart esperava ansiosamente rodada a rodada.

"Sempre venho acompanhando as notas depois dos jogos. Querendo ou não, você fica mais confiante, porque é um prêmio individual. Você pensa no coletivo, mas individualmente te dá uma confiança a mais. Fiquei muito feliz pela premiação", salientou o meia-atacante, com os olhos brilhando e a cabeça já na próxima temporada, em que a equipe mineira lutará pelo tricampeonato brasileiro consecutivo, feito que apenas o São Paulo alcançou até hoje.

"Vai vir cobrança em 2015, a gente também vai passar pela Libertadores. Vai ser um ano de muita cobrança, mas cobranças boas. Grandes jogadores querem títulos. Quem não quer ser campeão brasileiro novamente?", questionou o talvez principal diferencial do Cruzeiro.

"Não digo diferente. Eu só faço o que o professor pede, tento finalizar as jogadas com gols e chegar de surpresa. Porque, hoje, não adianta correr o campo inteiro. Tem que saber se movimentar. Acho que tenho me adaptado muito bem neste aspecto", analisou, entre uma levantada e outra nos dois pesados troféus a fim de ajeitar o braço.