30/8/2014 11:28
Com Tinga, caso emblemático
O volante Tinga, do Cruzeiro, também foi vítima de insultos racistas neste ano. Na estreia na Copa Libertadores, contra o Real Garcilaso, em Huancayo, no Peru, em 12 de fevereiro, o jogador entrou no lugar de Ricardo Goulart no segundo tempo e, sempre que tocava na bola, a torcida peruana imitava um macaco. Ele recebeu diversas manifestações de apoio e solidariedade, desde a torcida celeste até a presidente da República, Dilma Rousseff.
A Conmebol demorou mais de um mês para anunciar punição branda para o caso. O clube peruano, que não jogava em seu estádio, foi multado em US$ 12 mil – somente em caso de reincidência, teria seu campo interditado. O árbitro venezuelano José Argote, que não relatou nada na súmula, não foi punido.
Afastado há uma semana dos gramados por causa de fratura na perna direita, o volante reagiu em nota oficial ao episódio de Porto Alegre. “Vi com enorme pesar as manifestações. As imagens foram chocantes, provocando repulsa. É lamentável que em nosso país ainda vejamos com frequência episódios como esse. Não foi a primeira vez que nós, do futebol, somos vítimas de tamanho absurdo, mas, a cada novo constrangimento fica sempre a esperança de que seja o último. Quero aproveitar para deixar minha total solidariedade ao goleiro Aranha. Vou continuar combatendo e condenando como sempre fiz qualquer tipo de preconceito. Espero, também, que não seja feito nenhum julgamento hipócrita, com o intuito de condenar um ou outro torcedor sem que os verdadeiros responsáveis sejam apontados. Continuo acreditando que um dia ainda vamos viver em um mundo com mais justiça e menos desigualdades.
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