Nesta quinta-feira, Gabigol, agora atacante do Cruzeiro, começa a ter julgado o recurso por causa do caso de doping ocorrido ainda na época do Flamengo. O julgamento terá sessão também na sexta, no TAS (Tribunal Arbitral do Esporte), em ação de Gabriel Barbosa contra a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) e a União Federal.
O atacante tenta reverter a decisão em primeira instância e retirar qualquer punição imputada a ele. Por outro lado, se a decisão for mantida, terá de cumprir o restante, que vai perdurar por alguns dias de abril. Gabigol ajuizou recurso, após ser suspenso por dois anos, a partir de abril de 2023, quando foi realizada a coleta de exames no CT do Flamengo e que deu toda origem ao julgamento (relembre o caso no fim da matéria). A decisão de punição saiu em março de 2024. A pena vai até abril de 2025, mas o atacante vem atuando com base em um efeito suspensivo alcançado no CAS, um mês após a primeira decisão.
No Cruzeiro, ele tem nove jogos e seis gols marcados. Nesta segunda etapa do julgamento, a Corte designa três árbitros para avaliar o recurso da defesa do atacante. Com efeito suspensivo, Gabriel Barbosa foi liberado para treinar e atuar pelo Flamengo na reta final de contrato. As partes acabaram não chegando a um acordo para renovação, e o jogador anunciou que deixaria o clube ao fim do contrato, acertando com o Cruzeiro.
Gabigol foi acusado de dificultar a realização do antidoping no CT do Flamengo, em uma abordagem surpresa. Mesmo que tenha feito o exame e testado negativo, segundo o artigo, a atitude relatada pelos oficiais de coleta se encaixa como "fraude ou tentativa de fraude de qualquer parte do processo de controle" e, por isso, o atacante respondeu pelo artigo 122 do Código Brasileiro Antidopagem. O caso aconteceu no dia 8 de abril de 2023, no Ninho do Urubu. De acordo com os responsáveis pelo exame, o jogador não se dirigiu a eles antes do treino, depois da atividade os ignorou e foi almoçar. Além disso, teria tratado a equipe com desrespeito, não seguiu os procedimentos indicados, pegou o vaso coletor sem avisar a ninguém, irritou-se ao ver que o oficial o acompanhou até o banheiro para a coleta e, ao fim, entregou o vaso aberto, contrariando orientação recebida. Gabigol recebeu a primeira notificação sobre a tentativa de fraude no dia 30 de maio daquele ano. Posteriormente, o então vice geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, fez a primeira defesa do jogador. Na sequência, o clube contratou o advogado Bichara Neto para defender o jogador. O atleta sempre garantiu que não tentou fraudar o exame.
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