Aos 69 anos de idade e há quatro longe do futebol, Marcelo Oliveira vive uma vida tranquila em Belo Horizonte. Ele aproveita o tempo menos corrido ao lado da família. Em entrevista exclusiva ao ge , o técnico de trabalhos vitoriosos por Coritiba, Cruzeiro e Palmeiras, repassa momentos marcantes do bicampeonato conquistado com a Raposa, há dez anos. + ? Clique aqui e siga o canal da torcida do Cruzeiro no WhatsApp! Notícias do Cruzeiro Cruzeiro terá time alternativo na estreia do Mineiro; veja programação Cruzeiro encaminha saída do goleiro Anderson; veja detalhes Antes de trilhar o caminho por grandes clubes brasileiros e ser um dos técnicos mais vitorioso do futebol nacional na última década, Marcelo Oliveira foi um jogador de sucesso. Ídolo do Atlético - e com passagem pela seleção brasileira como meio-campista, encerrou a carreira em 1985, iniciando o caminho fora dos gramados apenas em 2001, ainda na base do alvinegro de Belo Horizonte. Entre trabalhos como interino no Atlético, Marcelo teve passagens por CRB, Ipatinga e Paraná, antes de assumiu o Coritiba, onde decolou de fato a carreira.
Depois de 132 jogos por lá, onde conseguiu recorde de vitórias em sequência (24) na história do futebol brasileiro, o técnico passou rapidamente pelo Vasco e chegou ao Cruzeiro. Na Toca da Raposa, Marcelo venceu desconfiança da torcida, pelo passado no rival, e foi bicampeão nacional, saindo após 158 partidas. Uma história que quase não foi escrita, justamente em função da repercussão negativa na Toca. "Quando meu nome vazou, a primeira coisa foi a conexão com o rival. Aquilo me balançou. Em determinado momento, pensei até em aceitar outra proposta, porque já tinha mais clubes sondando." - Ao mesmo tempo, eu pensei: "Estou sendo contratado por um clube imenso, de estrutura grandiosa, com CT muito bom, capacidade de investimento, Alexandre Mattos, e não estão duvidando do meu caráter, da minha competência”. Falei: “Vou fazer o meu trabalho, demonstrar o meu melhor trabalho”. E foi muito legal, porque a partir do primeiro jogo, na estreia, mudou completamente a forma de pensar do torcedor. A torcida acompanhou o ônibus até o Mineirão, e eu vi que a torcida estava abraçando o projeto, e foi assim durante todo o tempo. Além das duas edições do Brasileiro, Marcelo também conquistou um Mineiro, naquela que o treinador considera ter sido a melhor passagem por um clube como técnico.
Uma passagem que teve a marca de Éverton Ribeiro, contratação pedida pelo técnico com o qual tinha sido destaque já no Coritiba. Marcelo Oliveira teve um aval curioso para começar a trabalhar com o meia que atualmente está no Bahia. - A minha história com o Éverton é muito legal. Eu estava no Coritiba, sempre me concentrava com os jogadores e assistia aos jogos da Série B no sábado. Ele jogava no São Caetano e, por acaso, jogava com meu genro, o Eduardo, que era centroavante. Algumas vezes ele jogava pela direita no São Caetano. "Ele fez algumas jogadas que me chamaram atenção, e eu perguntei ao Eduardo sobre ele. O Eduardo me disse que ele realmente era muito acima da média, um jogador que valia a pena acompanhar. Eu indiquei ao Coritiba. Ele chegou, começou no banco, mas sempre mostrando técnica muito apurada. Depois, os indicamos ao Cruzeiro."
Marcelo Oliveira também falou sobre a passagem Júlio Baptista pelo Cruzeiro, avaliou outros trabalhos na carreira e lamentou a demissão no Atlético entre as finais da Copa do Brasil de 2016. Leia, abaixo, toda a entrevista do treinador. Bicampeonato com o Cruzeiro - Muito prazer e muita alegria relembrar os títulos de 2013 e 2014, por tudo que aconteceu. Praticamente não tivemos problemas no clube. Agregamos, aumentamos o número de sócios, vendemos camisas, jogadores foram vendidos por dez vezes o preço que foram comprados. Aliás, esse foi o mal... se a gente tivesse conservado aquela época, talvez ganhássemos ainda mais títulos. O futebol brasileiro tem esse problema, os times que têm êxito acabam vendendo, os jogadores ficam com vontade de ir para a Europa, o clube tem interesse de arrecadar. Tem mudado para alguns clubes.
Elenco no Cruzeiro - No início, na formação do elenco, eu trouxe uma lista de jogadores, o Alexandre outras. Depois, foi muito competente para buscar, cirurgicamente, jogadores que poderiam somar, e isso agregou muito. Claro que todo mundo quer jogar, mas a gente trazia aquela história: não mudou o regulamento, só jogam 11. Mas todos são importantes, não pode fazer um elenco com 15 ou 16. Quando chegar no final do ano, todo mundo ia ver que teria participado. O caminho era treinar mais e melhor, porque a oportunidade apareceria. A gente tinha um grupo de jogadores da base que era muito bem: Mayke, Élber, Alisson, Vinícius Araújo... tínhamos outros jogadores que vinham de clubes intermediários que queriam crescer, como Everton e Goulart. E a gente também tinha jogadores mais experientes, vencedores, como Borges e Dagoberto. Principalmente o Tinga. Era um grande jogador, participou pouco, mas no dia a dia foi muito positivo e ajudava nesse processo.
Jô "estagiário", passagem pelo Vasco e Palmeiras, entre outros clubes, são detalhados na entrevista. Com base nos dados fornecidos, o texto final apresenta uma revisão abrangente, englobando conteúdo, gramática e ortografia, mantendo o conteúdo original e adicionando coesão ao texto.