O Cruzeiro não teve forças para frear a queda livre no Campeonato Brasileiro e, agora, não depende apenas de si para ir à Conmebol Libertadores de 2025, depois da derrota por 2 a 1 para o Palmeiras, no Mineirão, com portões fechados. Ainda que o Bahia dê motivos para o time mineiro sonhar, o desempenho próprio transformou a vaga em um sonho, uma utopia. + ? Clique aqui e siga o canal da torcida do Cruzeiro no WhatsApp! Mais notícias do Cruzeiro Além do Gabigol: saiba quem também pode reforçar o Cruzeiro em 2025 Diniz admite frustração e dispara: "Não tenho temor nenhum pelo cargo" Antes do apito inicial, estava claro que o Cruzeiro não era favorito contra o Palmeiras. Em campo, a disparidade ficou comprovada. Ainda que tenha havido um suspiro positivo com o gol de Matheus Pereira, no segundo tempo, o que se viu em campo, do início ao final, foi um massacre da equipe paulista. O gol da virada, aos 44, deixou um gosto amargo, mas o resultado foi merecido. O jogo, infelizmente para o torcedor, foi apenas mais um no cenário desastroso que se tornou o Campeonato Brasileiro. Com Fernando Diniz, o Cruzeiro conquistou uma vitória em 10 jogos na competição. Em todo o returno, foram apenas três em 18 rodadas. Uma queda livre que colocou o time na atual situação. A virada de turno do Cruzeiro não condizia com a realidade de elenco e até mesmo com o desempenho da equipe, e isso fica mais claro a cada rodada.
Mas, a campanha de G-4 deveria ter dado consistência por uma conquista tranquila de vaga no G-8. No fim das contas, os 33 pontos da primeira metade serviram apenas para evitar sustos contra o rebaixamento na reta final. O Cruzeiro não joga bem desde a reta final do trabalho com Fernando Seabra, é verdade, mas se tornou ainda menos confiável desde a chegada de Fernando Diniz. Uma defesa frágil (19 gols em 14 jogos) e um ataque que viveu bons momentos, mas que tem conseguido mais lampejos do que consistência de atuações. É importante que se diga: o treinador está longe de ser o único culpado. Há muitas quedas individuais, com erros técnicos que fogem ao controle da comissão, como em passes, finalizações, movimentações defensivas.
Mas também há que se dizer: talvez não dê para apontar um jogador sequer que tenha crescido substancialmente sob o atual comando. O único "recuperado" foi Lucas Silva. A reta final de ano também demonstrou que o planejamento para elenco não foi o ideal. Há muito de azar, com a perda de dois pilares lesionados (Matheus Henrique e Kaio Jorge) e outras opções de banco perdidas para o departamento médico, mas também ficou claro, há algumas rodadas, que deveria ter buscado alternativa principalmente para a saída de Arthur Gomes, vendido na reta final da janela de transferências do meio do ano. A diretoria, neste sentido, precisa admitir a parcela de culpa. Diante de todo esse cenário, com coletivo totalmente desajustado e elenco sem opções, fica mais difícil imaginar uma vitória do Cruzeiro sobre o Juventude do que um tropeço do Bahia para o rebaixado Atlético-GO. Aliás, o time celeste ainda chega com chances só porque o Tricolor de Aço também está em queda livre.