O CEO do Cruzeiro , Alexandre Mattos, detalhou todo o processo que definiu que o jogo entre Cruzeiro e Palmeiras, desta quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), no Mineirão, não teria torcida no estádio. + ? Clique aqui e siga o canal da torcida do Cruzeiro no WhatsApp! Mattos afirmou que conversa com os órgãos de segurança há mais de 10 dias. Segundo o dirigente, a Polícia Militar afirmava não ter condições de receber a torcida visitante no estádio. Mattos questiona a mudança de posicionamento da PM faltando poucas horas para o jogo. Mais notícias do Cruzeiro Além do Gabigol: saiba quem também pode reforçar o Cruzeiro em 2025 Cruzeiro x Palmeiras: CBF ratifica portões fechados, mesmo depois de decisão da PM - Cruzeiro foi enfático em solicitar segurança para as duas torcidas. O que o Cruzeiro fez foi se preocupar com a vida humana por tudo que aconteceu. Nesse sentido, o Ministério Público soltou que recomenda torcida única, mas o Cruzeiro foi enfático ao pedir para que tivesse segurança para os dois, senão, seria de portão fechado. - Isso foi falado pessoalmente numa reunião na sexta-feira na sede administrativa (do Cruzeiro), com o comandante da Polícia e todos secretários. Todos disseram que com duas torcidas não tinham condição, porque a Inteligência (da PM) viu isso e aquilo, que ia ter morte - detalhou Mattos em entrevista à Rádio Itatiaia. "Ficou aquele empurra, empurra. Aí chegou hoje, depois do ofício da CBF ontem à noite dizendo que estava esperando uma reconsideração por parte da Polícia para ter duas torcidas, (a PM responde) às 6h da manhã que tem condição de ter torcida no estádio." Mattos explicou ainda que o tempo para preparar uma operação de jogo com o prazo de pouco mais de 12h é "impossível" e "inviável". No fim dessa terça-feira, a CBF chegou avaliar a possibilidade de liberar a venda de ingressos para as torcidas dos dois times para o jogo desta quarta-feira. No entanto, diante do posicionamento da Polícia Militar de Minas Gerais, de que não haveria tempo hábil para a montagem da operação de segurança, a CBF reforçou a determinação de que a partida tenha portões fechados. Somente nesta quarta, a PM sinalizou positivamente para a presença de torcidas no estádio. No entanto, a CBF ratificou a decisão, determinando portões fechados na partida desta quarta-feira, mesmo depois do posicionamento da Polícia Militar. A corporação convocou coletiva de imprensa nesta manhã e explicou como a recomendação foi feita. - O pedido foi para que houvesse uma reconsideração do nosso posicionamento. O nosso posicionamento é de que o melhor cenário é a torcida única, mas existe uma grande diferença entre eu me posicionar e quem tem o papel de decidir e tomar a decisão. Mesmo que a CBF tivesse deliberado lá atrás pela torcida mista, eu iria realizar policiamento. Com três possibilidades, eu identifiquei e manifestei oficialmente qual era de menor risco - detalhou o coronel Carlos Frederico Otoni Garcia. Entenda o caso No fim de outubro, uma emboscada de uma organizada do Palmeiras contra um ônibus com cruzeirenses deixou um morto e mais de 20 pessoas feridas em uma rodovia de São Paulo. Diante do incidente, o Ministério Público de Minas Gerais, no fim de outubro, recomendou formalmente o banimento da organizada do Palmeiras em jogos no estado . No dia 18 de novembro, o Cruzeiro enviou um ofício à FMF e CBF solicitando torcida única para evitar "novo embate e confronto generalizado". Diante da solicitação, a FMF informou que "sempre ratificou e publicou todas as recomendações de acordo com o Ministério Público". O MPMG pediu ainda que fossem analisados, pela Polícia Militar, os riscos da presença da torcida palmeirense, no jogo do Mineirão, pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro. No domingo passado, a CBF determinou que a partida tenha portões fechados. O Palmeiras emitiu nota acatando a determinação e cobrando as autoridades de MG. No dia seguinte, a diretoria do Cruzeiro se posicionou de forma contrária à decisão da CBF sobre os portões fechados. O governo de Minas acionou a Justiça comum para liberar a presença de torcedores da Raposa no jogo, mas teve os pedidos negados na esfera judicial. Assista: tudo sobre o Cruzeiro no ge, na Globo e no Sportv