Estádio do Mineirão antes da partida entre Cruzeiro e Corinthians pelo Brasileirão
A CBF confirmou no fim da noite desta terça-feira (3) que o duelo entre Cruzeiro e Palmeiras, pelo Brasileirão, nesta quarta-feira, será sem torcida. A confirmação dos portões fechados acontece após uma tentativa de última hora da entidade de mudar a ideia da Polícia Militar de Minas Gerais sobre os aspectos de segurança envolvendo a partida pela 37ª rodada, no Mineirão.
De modo a preservar a coexistência de todos os fatores isonômicos necessários à realização da partida e à integridade da competição, a CBF, esclarecendo os fatos, e nos estreitos limites de sua competência e deveres legais, comunica e ratifica seu posicionamento no sentido de que, não tendo havido a reconsideração da PMMG e do MPMG, vedar o acesso dos torcedores de ambas as equipes na partida entre as equipes do Cruzeiro e Palmeiras, pois entende que o espetáculo e os direitos do torcedor devem ser preservados. CBF, em nota oficial.
Ao reforçar a decisão de realizar o jogo com portões fechados, a CBF lembrou que a discussão sobre torcida do Palmeiras no estádio começou com uma provocação feita pelo Cruzeiro. Não foi a PM quem levantou o assunto. A briga entre organizadas de Palmeiras e Cruzeiro foi o argumento citado pelo clube para gerar preocupação.
"Para a CBF, respeitosamente, deveria ser franqueado o acesso ao estádio a todos os torcedores, especialmente de ambas as equipes disputantes", reforçou a entidade.
A CBF realizou uma reunião nesta terça-feira entre o presidente Ednaldo Rodrigues e membros da diretoria para definir os últimos passos sobre o jogo. Depois, houve um contato com o comando da Polícia Militar de Minas. "Todas essas razões foram amplamente explanadas pelo Diretor de Competições da CBF ao Comandante da Polícia Militar Mineira, Coronel Carlos Frederico Otoni Garcia, na tarde desta terça-feira, véspera da partida, ocasião em que foi esclarecido também que, por limitações legais, dada a proximidade da data prevista para a realização da partida, sequer seria possível a sua designação para outro estado da federação", acrescentou a CBF.
Depois, veio o ofício enviado às autoridades, com cópia para o Ministério Público e a Federação Mineira de Futebol. Mas o cenário não foi alterado. O estádio estará vazio.