À espera da decisão da Justiça sobre a ação movida pelo Governo de Minas Gerias, o Cruzeiro pressiona o estado para que o jogo com o Palmeiras , às 21h30 desta quarta, no Mineirão, tenha presença das duas torcidas. Se não houver decisão neste sentido, o clube ainda estuda qual o caminho adotará. Antes mesmo de a CBF determinar portões fechados por conta da emboscada de uma organizada do Palmeiras a cruzeirenses em rodovia de São Paulo, o Cruzeiro mantinha contato com o Governo de Minas Gerais, principalmente em conversas entre Pedro Lourenço, dono da SAF, e Mateus Simões, vice-governador. O clube já tinha consciência de que a CBF poderia determinar portões fechados diante da ação do Ministério Público pedindo ausência da torcida do Palmeiras - que aconteceu no final de semana. A pressão do Cruzeiro sobre o Governo de Minas Gerais aumentou desde a decisão de domingo e, até esta terça-feira, o pedido do clube é para que o estado comunique à CBF que dá garantias de segurança para receber palmeirenses e cruzeirenses, gerando mudança na decisão da entidade sobre portões fechados.
Mas, diferentemente do cenário do fim da semana passada, neste momento o clube não está otimista que haja uma mudança na decisão da CBF, haja visto o curto tempo para a partida. Na visão do Cruzeiro, a ação movida pelo Governo somente atrasou o cenário de decisão. Desta forma, internamente o Cruzeiro adota diálogo constante, com participação do departamento jurídico, para determinar se tomará medidas em caso de realização da partida com portões fechados. O entendimento do clube é de que ele pode inclusive ser punido caso acione a Justiça Comum para intervir na situação, que deveria ser tratada pela esfera desportiva. A única ação que corre na Justiça, neste momento, foi iniciada pelo Governo de Minas Gerais, não pelo Cruzeiro.
A reportagem do ge procurou a Polícia Militar de Minas Gerais, na sexta-feira e nesta terça-feira, mas não obteve resposta sobre o caso. Nessa segunda-feira, o Cruzeiro se posicionou oficialmente sobre o caso e disse que o clube está sendo punido de forma indevida com a decisão da CBF. Em nota, informou que, no mínimo, o jogo deveria ser realizado com presença da torcida mandante. Em nota divulgada no domingo, a direção do Palmeiras afirma que acata a determinação da CBF e lamenta que o governo de MG e a PMMG "não tenham apresentado um plano que pudesse garantir a presença de palmeirenses e cruzeirenses no estádio". O jogo é decisivo para as duas equipes no Brasileiro. O Cruzeiro briga por vaga na próxima edição da Conmebol Libertadores, enquanto o Palmeiras disputa o título do campeonato com o Botafogo.