Fernando Seabra passou por momentos de instabilidade no Cruzeiro e foi demitido do cargo em setembro. Em entrevista nesta segunda-feira (25) ao UOL , ele abriu o jogo sobre a relação com o gestor Pedro Lourenço e com o dirigente Alexandre Mattos. O técnico disse que não esperava a demissão, mas admite que foi respaldado em vários momentos. Seabra desabafa e fala pela 1ª vez sobre demissão no Cruzeiro: ‘Não fazia sentido’ “Esses caras (Pedro Lourenço e Alexandre Mattos) têm que tomar decisão. A decisão pode ter sido acertada, pode ter sido errada... O tempo vai revelar as coisas. Qualquer coisa que falarmos, será especulativa. De uma forma geral, como falei, não esperava sair naquele momento. Mas entendo que eles me deram respaldo em vários momentos que não dei resultado”, avaliou o técnico.
A relação entre Seabra e diretoria ficou marcada por um episódio em específico. Em 25 de julho, vazou um áudio em que Pedro Lourenço afirma ter cobrado o técnico a utilizar os reforços que haviam sido contratados durante a janela do meio do ano. Apesar de as partes terem negado o acontecido, é fato que a relação sofreu certo ruído.
Demissão Apesar do bom início sob o comando do Cruzeiro, Seabra sofreu com instabilidades no cargo. Quando enfrentou o Libertad-PAR, o time celeste amargava uma sequência de uma vitória em nove jogos no Campeonato Brasileiro. Ainda assim, os celestes deram a volta por cima, venceram no Paraguai por 2 a 0 e encaminharam a vaga à semi da Sul-Americana. Três dias depois do resultado positivo, o Cruzeiro enfrentou o Cuiabá, e Seabra mandou a campo um time alternativo para preservar o elenco, o que não agradou a diretoria. A Raposa não teve grande desempenho e apenas empatou em 0 a 0, na Arena Pantanal. No dia seguinte à partida, em 23 de setembro, o clube anunciou a demissão do técnico.