Em 2024, o vice do Cruzeiro na Copa Sul-Americana se tornou mais um capítulo de uma temporada em que o técnico Fernando Diniz celebrou um título, mas viveu mais frustrações. Diniz iniciou o ano em alta, mas logo teve a primeira decepção. Campeão da Libertadores do ano passado com o Fluminense, Diniz foi demitido da seleção brasileira no dia 5 de janeiro. À época, ele se dividia entre o comando do time tricolor e a "amarelinha". Foram apenas seis jogos no cargo, com duas vitórias, um empate e três derrotas. O contrato iria até junho de 2024.
No fim de fevereiro, o treinador foi campeão da Recopa Sul-Americana e, de quebra, "exorcizou" o fantasma da LDU, do Equador, algoz na Libertadores de 2009 e Sul-Americana de 2009. A equipe das Laranjeiras venceu por 2 a 0 no Maracanã, após derrota por 1 a 0 na ida. O Fluminense viveu momento bem conturbado no começo do Brasileiro — teve, por exemplo, a pior campanha da história do clube na era dos pontos corridos com 20 clubes, iniciada em 2006 — e Diniz passou a ser alvo de críticas de torcedores. Em junho, com o time na lanterna, a diretoria tricolor optou pela saída do técnico.
Diniz se emocionou ao falar do adeus ao Tricolor. Ele concedeu uma entrevista coletiva, não segurou as lágrimas e, na ocasião, indicou ainda ter dúvidas sobre o futuro na temporada. O técnico foi anunciado pelo Cruzeiro há pouco mais de dois meses. O time perdeu a decisão para o Racing, da Argentina, por 3 a 1, e Diniz assumiu a responsabilidade pelo resultado. Até aqui, o treinador tem 11 jogos na Raposa, com duas vitórias, quatro empates e cinco derrotas. O técnico tem um peso importante na equipe. Quando tem um tipo de resultado no começo, o treinador tem um peso. Uma falha tática como aconteceu, o treinador nunca está isento. A gente treinou, a gente fez, a gente sabia e a gente errou. Certamente o treinador interfere e tem responsabilidade grande, tanto no fracasso quanto no sucesso Fernando Diniz