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2/8/2015 16:06

OFF - 'Não tem a mínima lógica me acusarem de corrupção', diz Ricardo Teixeira a jornal

OFF - Não tem a mínima lógica me acusarem de corrupção, diz Ricardo Teixeira a jornal
Ricardo Teixeira, à 'Folha': 'Não tem a mínima lógica me acusarem de corrupção'

Presidente da CBF entre 1989 e 2012 e integrante do comitê executivo da Fifa e da Conmebol, Ricardo Teixeira continua negando qualquer envolvimento nos esquemas de corrupção e suborno no tempo em que esteve à frente da entidade. Na visão do ex-mandatário, que diz ter deixado o cargo por conta de problemas de saúde, não há nada de anormal nos contratos que foram assinados sob sua jurisdição.

Um dos alvos de investigação do Departamento de Justiça norte-americano é o contrato entre a empresa de material esportivo Nike e a CBF, assinado em 1996, que previa um aporte de 160 milhões de dólares (cerca de R$ 547 milhões) à entidade, além de outros 40 milhões de dólares (cerca de R$ 136 milhões) destinados a 'despesas de marketing' que fugiam ao contrato original.

Em entrevista à "Folha de S. Paulo" publicada neste domingo, Teixeira não fugiu à responsabilidade pelo contrato com a Nike, mas negou qualquer irregularidade. "Se envolve o contrato da Nike, quem assinou o contrato fui eu. Então não adianta ficar tapando o sol com a peneira. Não há a mínima lógica. Todo esse processo aconteceu depois de junho, tanto que a Copa América da Argentina, em 2011, se realizou maravilhosamente bem", declarou.

Sem opinar sobre a investigação que o FBI empreende na Fifa e nem sobre Joseph Blatter - que renunciou à presidência da Fifa logo após ser reeleito para seu quinto mandato -, o ex-chefe da CBF prefere ficar fora do foco das atenções. "Eu estou fora da Fifa. Tem três anos que não mexo com futebol", afirmou Teixeira, que durante a entrevista se intitulou 'o' ganhador da seleção, já que durante seu mandato o Brasil levantou as Copas de 1994 e 2002, além de ter conseguido o direito de sediar o Mundial de 2014.

Após passar por problemas nos rins e ser submetido a um transplante para recuperar o pleno funcionamento dos órgãos, Ricardo Teixeira, também pressionado pelo governo federal e pela cúpula da Fifa, abriu mão da CBF e foi sucedido por José Maria Marin, que atualmente segue preso na Suíça com a extradição aos Estados Unidos indefinida, mas não se arrepende.

"Eu ia morrer. Como eu poderia estar lá sem meus dois rins funcionando? Você não tem a mínima condição de trabalhar. Você é obrigado, na melhor das hipóteses, a deitar numa cama e ficar parado por cinco horas refazendo todo seu sangue", falou Teixeira, que recentemente voltou ao foco das atenções por vender um apartamento estimado em R$ 5,7 milhões pela prefeitura do Rio de Janeiro por valor bem mais baixo: R$ 2,5 milhões.

771 visitas - Fonte: ESPN




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