1/8/2015 08:26
Alemanha, Barcelona e Cruzeiro de 2003 inspiram novo esquema de Luxa
Treinador cita referências do futebol atual e time campeão da Tríplice Coroa, comandado por ele, para defender formação adotada com três volantes
Para Luxa, três volantes não deixarão Cruzeiro retrancado (Foto: Washington Alves/Light Press)
O Cruzeiro viveu duas temporadas fantásticas, com um esquema de jogo bem definido. Nos títulos do Campeonato Brasileiro de 2013 e 2014 a formação tática variava pouco do 4-2-3-1. Em bom português, a Raposa se tornou bicampeã nacional com dois zagueiros, dois laterais, dois volantes, três meias ofensivos - sendo dois pelas pontas e um centralizado -, além de um centroavante. No entanto, depois de quatro jogos sem vencer fora de casa, Vanderlei Luxemburgo indica que vai montar um esquema mais defensivo contra o Sport. Willians entra no lugar de Marcos Vinícius, e o Cruzeiro pega a equipe pernambucana com três volantes.
Henrique, Charles e Willians. Estes serão os responsáveis pela marcação no meio-campo do time celeste. Eles também têm a liberdade de começar a ligação entre a defesa e o ataque. A última vez que o Cruzeiro entrou em campo com três volantes - com Eurico, Lucas Silva e Bruno Edgar - foi no dia 30 de novembro de 2014, no empate em 1 a 1, contra a Chapecoense, na Arena Condá, pela penúltima rodada do último Brasileirão. Na ocasião, a Raposa já havia conquistado a competição nacional, por antecipação.
Desde que chegou ao Cruzeiro, no dia 3 de junho, Vanderlei Luxemburgo comandou o Cruzeiro em 11 partidas. Não repetiu a escalação em nenhum jogo. Neste período foram cinco vitórias, um empate e cinco derrotas. E tudo indica que o treinador vai para sua 12ª escalação distinta, com Fábio, Mayke, Manoel, Paulo André e Mena; Henrique, Charles, Willians e Marinho e Alisson; Vinícius Araújo.
Sobre os questionamentos que o Cruzeiro estaria adotando um esquema defensivo, Luxemburgo rebate.
- Depende (time defensivo com três volantes) do que você arma para frente. No Brasil, as pessoas têm essa ideia: você coloca três volantes e o time está na retranca. Mas tem que ver o que tem para frente. Em 2003, era o Maldonado, Augusto Recife e Wendel. O Alex era o terceiro atacante nosso. Era proibido voltar. Os três de trás tinham que dar consistência. Hoje está parecido: tenho três atacantes que vão girar o tempo todinho. Se você ver o meio-campo da Alemanha, do Barcelona, é o mesmo estilo.
Vale lembrar que para a partida contra o rubro-negro pernambucano, fora de casa, no próximo domingo, às 18h30 (de Brasília), o Cruzeiro não poderá contar Fabrício, suspenso, e Ceará, lesionado. O time celeste está na 13º posição no Campeonato Brasileiro, com 17 pontos - a quatro da zona de rebaixamento - e busca se recuperar na competição após uma sequência de resultados negativos. São quatro jogo sem vencer como visitante.
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