Protagonistas de gol do título contra o Atlético/PR, Sorín e Ruy beijam a taça da Sul-Minas de 2001

Uma reunião em Balneário Camboriú às 15h de hoje (24 de julho) deve encaminhar de forma definitiva a volta da Copa Sul-Minas em 2016. Representantes de clubes de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e possivelmente de Flamengo e Fluminense vão continuar o papo iniciado semana passada em Curitiba, quando o retorno da competição começou a ganhar corpo. “O primeiro encontro foi positivo, já com o esboço da competição, formato de campeonato classificatório na primeira fase e mata-mata em semifinal e final”, disse ao blog Robson Pires, diretor comercial do Cruzeiro, representante do clube nas conversas na capital paranaense.

A reunião de hoje visa dar sequência aos principais questionamentos levantados em Curitiba. O formato da competição pré-definido aponta para 12 ou 14 participantes (em caso de confirmação dos dois times cariocas). Flamengo e Fluminense enxergam a oportunidade com bons olhos, pois pensam em boicotar o Campeonato Carioca após todas as desavenças com a federação local neste ano. A ideia é disputar o campeonato promovido pela FERJ com time reserva ou de base. Do formato original da Sul-Minas, serão três equipes representando cada estado.

A tendência é que as equipes sejam divididas em dois grupos com seis ou sete participantes, nos quais todas se enfrentam em jogos de ida e volta. Os quatro melhores colocados de cada chave se classificariam para as quartas-de-final. A ideia é que a final seja disputada em jogo único, com cidade e estádio ainda por definir. Este é um dos principais pontos de discussão da reunião de hoje.

O Cruzeiro vê a volta do torneio como benéfico também na parte financeira. “É uma nova fonte de receitas; criação de mega eventos com shows e ativações diversas de marketing antes, durante e após os jogos”, revela Róbson, que relacionou pontos que ainda estão em discussão. “Melhorar o regulamento com observações do regramento legal, lei Pelé, estatuto do torcedor, etc”.

Pelo formato elaborado de princípio, a Sul-Minas precisaria da disponibilidade de 16 a 18 datas. A realização do torneio não implica na ausência dos clubes em seus campeonatos estaduais. “Os torneios ocorrerão de forma simultânea, paralelamente cada time dando a atenção, dedicação e valor que julgar devidos a cada competição”, confirma o diretor comercial do Cruzeiro.

Vale lembrar que o clube celeste se envolveu em uma grande polêmica com a Federação Mineira de Futebol neste ano. A entidade não teria cumprido sua palavra em remarcar o jogo de volta da semifinal do Campeonato Mineiro entre Cruzeiro x Atlético/MG de domingo para um sábado, já que a Raposa entraria em campo na terça-feira seguinte em jogo válido pela Taça Libertadores contra o Universitário de Sucre. Na ocasião, o presidente Gilvan de Pinho Tavares levantou a hipótese de romper com a entidade.

Outra questão a ser resolvida para o retorno da Sul-Minas na reunião de hoje em Camboriú envolve uma polêmica justamente catarinense. Delfim Pádua Peixoto Filho, presidente da federação local, sinalizou que os três representantes do estado na competição seriam Joinville, Figueirense e Chapecoense, os três primeiros colocados no estadual deste ano. Avaí e Criciúma prometem protestar.

Assuntos relacionados ao contrato com a TV e venda de cotas de patrocínio também estão na pauta para a reunião em Santa Catarina.

A Copa Sul-Minas foi realizada três vezes, entre os anos de 2000 e 2002, e sempre foi vencida por times mineiros. Na edição de 2000, o América/MG foi o campeão. Já o Cruzeiro foi bicampeão ao bater o Atlético/PR e Coritiba nos anos seguintes.