Jeffrey Webb, ex-presidente da Concacaf, pagou fiança de US$ 10 milhões (Foto: Getty Images)

Ex-presidente da Concacaf, Jeffrey Webb foi o primeiro dirigente envolvido no escândalo de corrupção da Fifa a ser extraditado da Suíça para os Estados Unidos. Em depoimento em um tribunal federal de Brooklyn (EUA), no último sábado, o dirigente se declarou inocente da acusação de ter recebido suborno de empresas de marketing esportivo em troca da cessão de direitos comerciais para a transmissão de jogos de futebol. Para responder em liberdade, foi fixada uma fiança de US$ 10 milhões. E o dirigente listou uma relação de itens para alcançar o valor, incluindo dez imóveis, 13 relógios, três carros de luxo, uma conta de fundo de garantia em nome da mulher e até joias de diamante e pérolas, incluindo a aliança de casamento da esposa.

Jeffrey Webb ficará em prisão domiciliar em local não divulgado a pelo menos 32 quilômetros da corte do Brooklyn. Será monitorado 24 horas por um segurança particular, que o próprio dirigente terá que pagar, e só poderá sair de casa para emergências médicas, visitas ao tribunal ou advogado e para ir à igreja. Porém, com autorização do FBI.

Também está proibido de ter qualquer contato com integrantes da Fifa, Concacaf, Conmebol e das agências de marketing esportivos que também estão sendo investigadas. Webb e a mulher entregaram os passaportes à Justiça americana e estão proibidos de deixar os Estados Unidos.
Oriundo das Ilhas Cayman, o dirigente é alvo de 17 acusações. Crime organizado, conspiração para fraudes e lavagem de dinheiro são algumas delas.