Vanderlei Luxemburgo ainda não viu o Cruzeiro empatar após seu retorno à Toca da Raposa

O recomeço de Vanderlei Luxemburgo no Cruzeiro foi animador. Foram três vitórias seguidas. Depois, a equipe celeste acabou derrotada nas três partidas seguintes. Nos dois últimos jogos, um triunfo e um revés. São oito partidas do técnico no comando do clube e, até o momento, nenhum empate.

Desde que Luxa assumiu o comando do clube, o Cruzeiro venceu Flamengo, Atlético, Vasco e Atlético-PR. Perdeu para Chapecoense, Coritiba, Grêmio e Fluminense. Os números no Campeonato Brasileiro refletem a estratégia de risco do comandante celeste.

“Eu prefiro arriscar mais e ganhar do que ficar empatando. Cinco jogos e cinco empates, cinco pontos. Cinco jogos e duas vitórias, seis pontos. Temos de entender que isso é o Brasileiro, mas prefiro arriscar mais e somar vitórias. Temos que jogar em busca das coisas que o campeonato oferece. Claro que gostaria de ganhar mais, estar mais em cima da tabela”, disse.

Se arriscar pela vitória significa colocar o time para frente, Luxemburgo fugiu um pouco de sua estratégia na derrota para o Fluminense. Enquanto a partida estava empatada, o técnico substituiu Mayke e colocou Ceará, um lateral mais defensivo, e tirou de campo o atacante Willian para colocar o volante Charles. Perguntado o motivo de deixar a equipe mais recuada no segundo tempo, o técnico tentou se esquivar e disse que a estratégia deu certo na vitória sobre o Atlético-PR.

”Isso é o futebol. No jogo passado, vocês (imprensa) acharam ótimas. Um dia você acerta e outro não. Não pode ser em função do resultado. Às vezes, as análises são feitas em cima de quem perdeu ou ganhou. As alterações são feitas de acordo com o que você vê no jogo. Eu precisava de reforçar o meio-campo porque o Fluminense estava vindo para cima. Precisava fazer as mudanças para ter um pouco mais de tranquilidade e sair no contra-ataque. O Fluminense iria abrir espaços, mas saiu o gol deles", justificou Luxemburgo, citando a partida anterior.



"Contra o Atlético-PR fiz a mesma coisa, mesmo jogando em casa. Com a desvantagem, o Atlético saiu para frente e a proposta foi boa. O gol deles fez a minha proposta de mudança não prestar, porque o Fluminense ficou com o contragolpe a seu favor. Se tivesse caminhado o empate sem gols, a gente teria mais opções de contragolpe. As vezes, as análises são em função do resultado do jogo e não aquilo que você se propôs a fazer durante a partida”, completou.