Reforço para o ataque, Marinho será apresentado na sexta-feira (Foto: Kid Júnior/Agência Diário)

A fonte secou no Cruzeiro. O ataque do time, que brilhou intensamente em 2013 e 2014, está agonizando este ano. Em dez partidas disputadas no Campeonato Brasileiro de 2015, o time cruzeirense passou em branco em cinco delas. Até agora, foram nove gols marcados, o que dá uma média de 0,9 por jogo. Comparado com os dois anos anteriores, a média é ridícula.

Em 2013, o campeão brasileiro terminou a competição com 77 gols, média de 2,02. Na temporada seguinte, ano do bi, foram 67 gols, aproximadamente 1,76 por partida. Números muito superiores aos de hoje. Os responsáveis por eles não estão mais no clube. A saída de Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart, Borges e Marcelo Moreno explica, em parte, a queda de produção da artilharia cruzeirense.

Para solucionar o problema e fazer o ataque voltar a funcionar, o Cruzeiro está se valendo de uma velha fórmula de sucesso: apostar em atacantes nordestinos. Nesta sexta-feira, o clube vai apresentar o alagoano Marinho, contratado junto ao Ceará. A ideia é que o jogador siga os passos de atletas que brilharam com a camisa azul e que também nasceram no nordeste brasileiro, como os baianos Marcelo Ramos, Alex Alves e Oséas, o cearense Mota e o pernambucano Hamilton.

A apresentação de Marinho está marcada para as 14h (de Brasília) desta sexta-feira. O torcedor espera e torce para que o alagoano siga os passos dos conterrâneos, e fique marcado no clube. Fazendo isso, o atacante vai contribuir para o Cruzeiro dar a volta por cima no Brasileirão, melhorar a posição na tabela e elevar a média de gols feitos em 2015. Confira abaixo alguns dos atacantes nordestinos que fizeram sucesso na Raposa:

Marcelo ramos

Marcelo Ramos marcou o nome na história do Cruzeiro, com 162 gols marcados com a camisa azul. O baiano teve três passagens pelo clube, entre 1995 e 2003, e foi peça fundamental nas conquistas da Taça Libertadores de 1997, da Copa do Brasil de 1996 e dos títulos mineiros de 1996, 1997, 1998 e 2003. Alguns gols de Marcelo são inesquecíveis para a torcida até os dias de hoje, como o assinalado na final da Copa do Brasil de 96, diante do Palmeiras, e o marcado sobre o Villa Nova-MG, na final do Mineiro de 97, em partida que recebeu o maior público da história do Mineirão.



Alex Alves

Alex Alves também brilhou na Toca da Raposa. O excêntrico baiano, falecido em 2012, marcou 54 gols, entre 1998 e 1999, e ficou eternizado na memória da torcida pela forma como comemorava os gols, jogando capoeira, como fazia na infância, na Bahia. Em dos jogos mais marcantes do jogador pelo clube, diante do Paraná, pelo Brasileirão de 1999, Alex Alves pode repetir sua tradicional comemoração várias vezes, após marcar quatros vezes na vitória cruzeirense por 5 a 2, no Mineirão.



Oséas

A passagem de Oséas foi marcante pelos dez gols marcados na Copa do Brasil de 2000, recorde da competição, até aquele momento. O atacante das tranças no cabelo, lembrado também pela irreverência e bom humor fora de campo, fez 54 gols pelo Cruzeiro, assim como Alex Alves . Um dos vários gols do centroavante pelo clube foi marcado na vitória cruzeirense, por 4 a 0, sobre o Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro de 2015

Mota

O cearense Mota não ficou marcado pela quantidade de gols, mas pela importância deles. Em 2003, o atacante foi importante na conquista da Tríplice Coroa, ao marcar 22 gols. No Campeonato Brasileiro, ele fez o gol da vitória em quatro ocasiões que o Cruzeiro venceu o adversário por 1 a 0. Foi assim contra Vitória, Atlético-MG, Juventude e Figueirense. Além disso, Mota marcou o segundo gol do triunfo sobre o Paysandu, no Mineirão, que confirmou o título do Brasileirão daquele ano.

Hamilton

O pernambucano Hamilton gravou seu nome na história com 71 gols feitos pela Raposa, entre 1986 e 1990. O centroavante caiu nas graças dos cruzeirenses por se dar bem diante do rival Atlético-MG e contra times argentinos. Na época, o Cruzeiro disputava a Supercopa da Libertadores, e o camisa 9 balançou, algumas boas vezes, as redes dos clubes hermanos.

Ex-atacante do Cruzeiro, Hamilton chegou a comandar a equipe júnior do Funorte neste ano (Foto: Adeli Mendes)