23/6/2015 11:32
Estava escrito nas estrelas
Novo tropeço em casa evidencia irregularidade do Cruzeiro como mandante na temporada e mostra que time deve se inspirar em 2013 e 2014, quando era quase imbatível no Mineirão
Na queda diante da Chapecoense, faltaram equilíbrio e ousadia à Raposa: Luxemburgo projeta reação a médio prazo
A derrota para a Chapecoense, domingo, ainda está sendo digerida pelos cruzeirenses, mas não foi tão surpreendente, se for levado em conta o desempenho da equipe celeste no Mineirão neste ano. Se nos dois anos anteriores a Raposa foi quase imbatível em seus domínios, algo decisivo para que conquistasse o bicampeonato brasileiro, em 2015 não vem conseguindo se impor. Em 14 jogos, foram cinco vitórias, cinco empates e quatro derrotas – o que significa que o aproveitamento despencou.
Agora, o técnico Vanderlei Luxemburgo tentará encontrar formas de fazer a equipe reagir e voltar a ser forte como mandante. Antes, porém, vai preparar o time para dois jogos fora de casa, contra Coritiba, domingo, no Couto Pereira, e Grêmio, quarta-feira da semana que vem, em Porto Alegre. O próximo compromisso como mandante será contra o Atlético-PR, em 4 de julho.
Para o treinador, faltou ousadia ao Cruzeiro no domingo. “Sabia que o jogo seria muito complicado porque nós teríamos que buscar a bola e criar as jogadas e não deixar o contragolpe. Na única bola que eles tiveram o contragolpe houve a bola parada e eles fizeram o gol, a partir do qual se fecharam com jogadores altos. Faltou um pouco mais de tranquilidade, um pouco mais de habilidade, um pouco mais de drible para furar a defesa. Nós ficamos burocráticos, alguns jogadores até tentaram, mas não tiveram êxito. Então, dentro do que nos propusemos para o jogo dentro de casa, não funcionou”, afirmou.
Para ele, a tendência é que o desempenho melhore a partir do momento em que voltar a contar com jogadores importantes que estão contundidos ou servindo a seleções. “Nós jogamos com equipes que se equivalem: Vasco em São Januário, Flamengo em casa, que é clássico, e Atlético, que também é clássico. Seriam as equipes que nos dariam mais espaços. A Chapecoense jogou por uma bola parada ou um contragolpe e tomamos um gol de bola parada, depois fomos para cima, tentamos, mas é difícil lutar contra uma zaga alta e bem postada. Estamos com um time muito desfalcado, sem uma série de jogadores que poderiam entrar e mudar a partida. O Gabriel Xavier faz falta porque ele dá uma ‘rabiscada’, o Alisson também. Então, em um jogo desses, eles seriam fundamentais, para um drible ou uma enfiada de bola. Isso não é uma desculpa, é um fato. Quando for para propor o jogo com essas equipes, eles farão falta, principalmente jogando em casa”, analisou Luxemburgo. Além desses atletas citados, o técnico sentiu falta do armador De Arrascaeta, que disputa a Copa América com o Uruguai.
SEM PREVISÃO Ao menos por enquanto, o treinador continuará sem poder contar com os jogadores lembrados. Alisson e Gabriel Xavier continuam tratando de contusões musculares e o clube não informa quando poderão voltar. Já De Arrascaeta depende do desempenho de sua seleção no Chile – o Uruguai enfrenta os donos da casa amanhã, abrindo as quartas de final da Copa América.
Quem estará à disposição já para o próximo jogo é o armador Marcos Vinícius, recuperado de lesão muscular. O mesmo vale para o volante Willians, que cumpriu suspensão diante da Chapecoense por ter recebido o terceiro cartão amarelo.
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