Robinho está com a Seleção na Copa América, no Chile (Foto: AFP)

A derrota do Cruzeiro para a Chapecoense por 1 a 0 (veja como foi no vídeo abaixo), no Mineirão, não foi bem digerida pela torcida presente no estádio. Insatisfeitos pelo rendimento do time, torcedores cobraram reforços da diretoria.

Um dos nomes comentados nos últimos dias, na Toca da Raposa, é o do atacante Robinho. O presidente Gilvan não quis se prolongar sobre a contratação do "Rei das Pedaladas". Segundo ele, o que o Cruzeiro pode fazer agora é esperar o fim da participação brasileira na Copa América, para, só assim, saber o futuro do jogador.

- Não falo mais sobre Robinho. Ele está na seleção brasileira e a gente não pode perturbar jogador da Seleção. O Robinho já disse que antes de terminar a Copa América ele não irá se manifestar a respeito de sair para outro clube ou não. Então, não podemos falar de Robinho.

Quanto ao meia que a torcida tanto pede e que o clube está buscando desde o começo do ano, Gilvan afirma que a busca continua e que só será concluída quando o Cruzeiro conseguir um jogador de alto nível para chegar e ser titular.

- Enquanto não acharmos este jogador, que tem condição de ser titular do time do Cruzeiro, não podemos prometer. Aqui no Brasil está difícil. Já tentamos. Quem tem, não vende. A janela de transferências ainda não abriu, estamos de olho. Vamos atrás para tentar contratar. Não é qualquer jogador, tem que ser titular do time.

Vaias e críticas

Nos minutos finais da partida contra a Chapecoense, no Mineirão, parte da torcida do Cruzeiro gritou palavras ofensivas ao presidente Gilvan de Pinho Tavares, que acompanhava o jogo no estádio. Os xingamentos e cobranças foram ouvidos pelo mandatário cruzeirense, que falou sobre o fato, após a derrota por 1 a 0, neste domingo. O dirigente considerou a reação normal, porque, segundo ele, a torcida age de acordo com o desempenho do time em campo.

Presidente se mostrou tranquilo quanto às vaias da torcida (Foto: Mauricio Paulucci)

- O Cruzeiro jogou uma vez com o Nacional de Nova Serrana (pela 1ª rodada do Campeonato Mineiro de 2012), em Divinópolis, e a torcida começou a partida gritando meu nome. O Nacional fez 1 a 0 (na verdade, o Cruzeiro saiu na frente e, depois, sofreu a virada) e começaram a xingar. Fez 2 a 0 e a torcida vaiou e xingou, assim como hoje (domingo). O Cruzeiro virou o jogo e ganhou por 4 a 2.

A torcida terminou o jogo gritando meu nome e me aplaudindo. Torcedor é assim, reage conforme o resultado da partida, se o time ganha ou perde. Perder no Mineirão, a torcida não aceita, ainda mais para um clube que eles acham que tem menos expressão que o Cruzeiro e que tem vários jogadores que já estiveram aqui. Os jogadores adversários se esforçam mais do que o normal, como Apodi, Elicarlos e Camilo, que se mataram pra mostrar serviço contra nós.

Gilvan de Pinho Tavares lamentou a apatia do time em campo e disse que os jogadores não se adaptaram ao horário matutino.

- O jogo foi em um horário atípico. Parece que os jogadores do Cruzeiro não se deram bem com o horário. Custaram a acordar. Eles estavam mais devagar no princípio. No final, o time que fez 1 a 0 ficou na retranca, com 11 atrás, e assim fica difícil. Nosso momento não é bom, estamos com vários jogadores lesionados. Na hora que eles se recuperarem, nossa situação vai melhorar, porque nosso elenco é muito bom.