Difícil entender como Alisson sofreu a quinta lesão na coxa esquerda em oito meses

Visto como uma das grandes promessas vindas da base do Cruzeiro ao lado de Lucas Silva, Mayke, Wallace (que hoje está no Monaco), e Vinicius Araújo (que pode estar de volta ao time azul), o meia Alisson tem tido mais destaque e presença no departamento médico celeste do que atuando dentro das quatro linhas.

Sem exagero, o garoto é uma das maiores joias que o Cruzeiro conseguiu peneirar nas categorias de base nos últimos anos. Mas essa série de lesões que ele vem sofrendo na mesma região começa a incomodar e virar até motivo de piada por parte da torcida. Já foram cinco lesões musculares, todas elas na coxa esquerda.

Colocando os números na ponta da caneta, desde que o Alisson teve o primeira problema, em setembro de 2014, ele disputou 20 jogos com a camisa do Cruzeiro, em 51 partidas disputadas, o que corresponde a 39% do número total de jogos.

Trazendo esses dados para a atual temporada, das 32 partidas da Raposa em 2015, Alisson participou apenas de 14, sendo que em oito como titular. O dado menos animador é que ele atuou por 90 minutos apenas três vezes.

Preocupação que era constante com Marcelo Oliveira, a nova comissão técnica celeste já disse que essa rotina de lesões do Alisson será investigada mais a fundo e que ele só deve voltar quando realmente estiver apto para ter uma sequência maior de jogos. Especula-se que o retorno só deve ocorrer no fim de julho ou começo de agosto.

No início deste ano, a comissão técnica cruzeirense já estava fazendo um cuidadoso trabalho de recuperação e fortalecimento físico com o Alisson, mas ele se lesionou novamente na pré-temporada.

O departamento médico do Cruzeiro já externou a orientação para Alisson administrar os arranques e o condicionamento físico durante as partidas, para evitar o cansaço no final do jogo e as lesões. O problema é que a última lesão, ocorrida na vitória sobre o Atlético-MG, aconteceu ainda no primeiro tempo.

Vários questionamentos aparecem em relação às lesões do Alisson: será que é um problema relacionado à estrutura do atleta, que não aguenta o esforço extremo e intenso de uma partida de futebol nos moldes atual? Será que ele está sendo escalado de forma precipitada pela comissão técnica? E a pior de todas: será que essa sequência de lesões do Alisson ocorre porque a primeira não foi tratada e curada de forma correta e hoje o atleta está com um problema crônico e que vai acompanhá-lo pelo resto da carreira?

Como o departamento médico do Cruzeiro não fala nem explica as reais situações das lesões dos atletas (lembram do Nilton que chegou a operar o joelho, mas que o clube insistia em dizer que ele não tinha nada), abrem-se brechas para especulações e preocupações.

Torço para que o Alisson não vire um 'Valdivia' no Cruzeiro. O garoto é um menino bom, craque de bola, essencial para o time celeste e para as categorias de base da seleção brasileira. Mas como um mero torcedor, só me resta torcer para que ele consiga superar esse desafio e dar a volta por cima.