4/6/2015 16:04
Marcelo Oliveira diz que sintonia com diretoria celeste era menor sem Mattos
Demitido pelo Cruzeiro, técnico reconhece que houve uma falta de equilíbrio na montagem do elenco atual, principalmente após a saída do diretor de futebol
Marcelo Oliveira, em sua despedida do Cruzeiro. Técnico foi bicampeão brasileiro (Foto: Washington Alves/Light Press)
Demitido pelo Cruzeiro, depois da derrota por 2 a 1 para o Figueirense, o técnico Marcelo Oliveira comentou a sua saída do clube, no "Seleção SporTV" desta quinta-feira. Bicampeão brasileiro pela Raposa, o treinador afirmou que não houve tanta sintonia entre ele e a diretoria na montagem do elenco de 2015, principalmente após a saída do diretor de futebol Alexandre Mattos, hoje no Palmeiras.
- É difícil, todos nós somos responsáveis pelo momento de oscilação que o Cruzeiro está passando. Talvez eu não tenha participado tanto, interagido tanto na formação do elenco atual, nesse novo momento. Nos anos anteriores, nós trocávamos mais informações sobre a característica, sobre a qualidade dos jogadores, buscávamos mais referências. Neste ano, com a saída do Alexandre, acabou que não houve tanta interação. Nós pecamos um pouco na composição, no equilíbrio deste elenco. Nós tínhamos quatro centroavantes e cinco laterais-esquerdos e tínhamos uma carência de jogadores no meio-campo, de armadores que pudessem substituir o Ricardo Goulart e o Everton Ribeiro. Quando eu saio de um clube, não tenho como princípio ficar atirando. É uma coisa superada. Preciso pensar agora na próxima etapa da minha carreira e o Cruzeiro vai seguir seu caminho da mesma forma - disse Marcelo Oliveira.
O técnico afirmou que não ficou muito surpreso com a decisão da diretoria do Cruzeiro. No entanto, reconheceu que esperava comandar a equipe no jogo desta quarta-feira, contra o Flamengo, e também no clássico do próximo sábado, diante do Atlético-MG. Sem clube, pretende descansar após dois meses difíceis.
- Sendo uma pessoa do futebol, como atleta e como técnico, não me surpreendeu muito. É rotina esse tipo de mudança. Eu esperava fazer esses dois jogos, contra o Flamengo e contra o Atlético-MG, mas é uma situação superada. Fizemos o melhor que pudemos (...) Os últimos dois meses foram pesados no aspecto pessoal, com a doença da minha mãe, e no aspecto profissional, porque jogamos partidas decisivas, com o time sendo refeito durante as competições. A ideia é descansar um pouco e aguardar algo que seja bacana para seguir nosso trabalho.
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