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4/6/2015 14:56

Primeira surpresa de Luxa, jovem conta história de ressurgimento e bastidores de convocação

Allano estreou nessa quarta, contra o Flamengo, entre os profissionais do Cruzeiro

Primeira surpresa de Luxa, jovem conta história de ressurgimento e bastidores de convocação
Allano mostrou personalidade e deu velocidade ao lado direito de ataque do Cruzeiro, em jogo contra o Fla

Há um ano, o jovem Allano nem sequer imaginava estrear pelo profissional do Cruzeiro em um jogo de tamanha importância como o dessa quarta, diante do Flamengo, no Mineirão, e com a responsabilidade de ser a primeira 'cara nova' de Vanderlei Luxemburgo. O panorama, na época, não inspirava nem um alento. O meia-atacante havia se desligado do Avaí, após ser emprestado pelo Botafogo, e completava cinco meses de pernas para o ar, em casa, sem treinar, desacreditado do futebol e em busca de um novo emprego.

“Eu estava numa fase muito difícil, meu padastro tinha falecido, minha cabeça ficou muito ruim. Tive problema disciplinar no Botafogo, fui afastado”, admitiu o jovem em entrevista ao Superesportes. “Fiquei três meses afastado e aí me mandaram para o Avaí, emprestado. Não quis ficar no alojamento, voltei para o Rio e fiquei um bom tempo parado, uns quatro meses (entre abril e julho). Tinha desistido do futebol, estava pensando em procurar um emprego”, revelou.

Mal sabia Allano que, em Belo Horizonte, seu nome era tratado como prioridade pelos dirigentes do Cruzeiro na Toca da Raposa I. Superintendente da base, Bruno Vicintin contou como trouxe o 'substituto de Vitinho' para Belo Horizonte. “Defendendo o Botafogo, ele jogou contra o Cruzeiro no Brasileiro Sub-20 e encantou a comissão técnica. Liguei para o nosso supervisor e pedi mais informações do meia canhoto que jogava pela ponta direita. E aí começou a nossa saga”, disse.

“Entrei em contato com o empresário do Allano, que trabalhava com alguns jogadores aqui do Cruzeiro. O agente avisou que, no Rio, Allano era tratado como substituto do Vitinho no Botafogo, o que dificultou o negócio na época”, revela. “Mais pra frente, estava assistindo a um jogo do Botafogo e não o vi nem no banco. Liguei de novo para o empresário, que nem trabalhava mais com ele, e ele me disse que o Allano havia sido dispensado e estava no Avaí”, conta o dirigente, que esperou mais algum tempo até iniciar as negociações.

O clube celeste também demorou até finalizar a contratação. Tratado como joia pelos profissionais da base, Allano tinha seus direitos econômicos divididos entre Corinthians, empresários e Botafogo. Como condição para contratá-lo, o Cruzeiro exigia 50% dos direitos e demorou até conseguir convencer as partes. Em outubro, conseguiu assinar um contrato de risco com o jovem, que já renovou com a Raposa.

Nos meses de Toca I, Allano ganhou confiança dos profissionais que cuidam da gestão da base celeste. “Ele é tido pelos profissionais da Toca I como uma das maiores joias que já passou por lá. Não tenho dúvida do futebol, só que agora ele vai sofrer um grande assédio e vai ter que saber superar. Ele e a família. Mas em termos técnicos, é um dos jogadores mais diferenciados que saiu da base”, reforça Vicintin.

Dia histórico, bastidores com Luxa e possibilidade de se firmar

Allano vibrou, no Instagram, com a oportunidade

Depois da estreia entre os profissionais do Cruzeiro, Allano é só alegria. “Estou feliz demais. Para quem pensava em parar de jogar bola há menos de um ano, cheio de complicações, e hoje dá a volta por cima... Só Deus sabe o que passei, fico muito feliz por isso”, desabafou o jovem, que também revelou bastidores da convocação para o jogo diante do Flamengo.

“Na terça-feira, eu treinei de manhã na base e me chamaram para treinar a tarde com os profissionais. Pelo que fiquei sabendo, o Marcelo já tinha decidido me chamar para o jogo. Depois do treino, no vestiário, quando estava pedindo carona para voltar para a Toca I, os meninos me falaram que eu estava no jogo”, contou Allano, que é mais próximo dos atletas formados na base do Cruzeiro, como Mayke e Alisson.

O jovem meia-atacante disse, porém, que não teve contato com Luxa além de um 'boa tarde'. “Até agora, ele me deu um 'boa tarde' e na hora do jogo, ali, quando fui entrar, conversei com ele. Ele me pediu pra acompanhar o Pará (lateral do Flamengo) e atacar”, contou.

O clube ainda decide se Allano seguirá treinando apenas com os profissionais, ou se voltará às atividades com o time de juniores do Cruzeiro. O jogador, no entanto, já tem a receita para vestir a camisa azul celeste em outras oportunidades: “Eu confio muito no meu potencial, tenho personalidade forte. Para quem quer ser jogador, tem que meter as caras. Não adianta ter que se esconder”.

1149 visitas - Fonte: Super Esportes




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