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27/5/2015 18:18

Campeões em 1976, Jairzinho e Palhinha relembram título do Cruzeiro

Atacantes da Raposa comentam conquista da primeira taça da Copa Libertadores do clube de Belo Horizonte, sobre o River Plate (ARG), adversário desta quarta-feira

Campeões em 1976, Jairzinho e Palhinha relembram título do Cruzeiro
Jogadores de pé: Darci Menezes, Piazza, Morais, Nelinho, Vanderlei e Raúl Plasmann. Agachados: Eduardo, Zé Carlos, Palhinha, Jairzinho e Joãozinho (Foto: Reprodução/Site oficial)


O duelo desta quarta-feira, entre Cruzeiro e River Plate (ARG), pelas quartas de final da Copa Libertadores, traz boas lembranças ao torcedor celeste. Em 1976, os clubes decidiram a competição continental e, após três emocionantes jogos, a Raposa levantou sua primeira taça da Libertadores. Os atacantes Jairzinho e Palhinha, que marcaram 12 e 13 gols, respectivamente, relembraram a campanha do título com exclusividade ao LANCE!.
- Foi um título inesquecível, especial para mim. Minha primeira conquista pelo Cruzeiro. Foi maravilhoso e fortaleceu meu currículo vitorioso. Foi importante demais - lembrou Jairzinho.

O título coroou uma campanha incontestável do Cruzeiro. Foram 11 vitórias, um empate e apenas uma derrota em 13 partidas. Na fase de grupos, a Raposa deixou para trás o Internacional, o Olimpia (PAR) e o Sportivo Luqueño (PAR). As vitórias sobre o Colorado foram o destaque nesta fase.

Em 1975, mineiros e gaúchos decidiram o Campeonato Brasileiro. O gol do zagueiro Figueroa, no Beira-Rio, deu ao Colorado seu primeiro título nacional. Na Libertadores, o Cruzeiro deu o troco com um espetacular 5 a 4 no Mineirão e 2 a 0 no estádio do Internacional.

Os artilheiros Jairzinho e Palhinha destacaram o poderio ofensivo da equipe comandada pelo técnico Zezé Moreira.

- Era um futebol mais ofensivo. Nosso time jogava na maior parte das vezes em um 4-2-4, com o Piazza e o Zé Carlos na marcação. Ai no ataque, era o Eduardo, o Palhinha, Joãozinho e eu pela direita - analisou Jairzinho.

- Nosso ataque era bom demais. Fiz 13 gols em 11 partidas, se não me engano. Jairzinho e Joãozinho também fizeram muitos. Era um time muito veloz e objetivo - afirmou Palhinha.

Classificado em primeiro lugar do Grupo 3, o Internacional foi às semifinais, que, naquela época, eram disputadas em grupos de três times. Contra LDU (EQU) e Allianz Lima (PER), foram mais quatro vitórias e muitos gols. No entanto, uma tragédia atingiu o clube de Belo Horizonte.

Na vitória sobre o Allianz Lima, no Peru, Roberto Batata foi o destaque do jogo, marcando dois, dos quatros gols do time. Porém, aquela seria sua última partida pelo clube. De volta a Belo Horizonte, o ponta-direita de 26 anos sofreu um acidente de carro fatal. A comoção foi enorme em Minas Gerais. No jogo seguinte, a equipe honrou o companheiro e fez sete gols no Allianz Lima no Mineirão, mesmo número que o jogador usava na camisa.

- A gente estava numa crescente no futebol brasileiro e enfrentamos o River Plate, que vivia o mesmo na Argentina, contra o Boca Jrs. e o Independiente. Tivemos uma ascensão maravilhosa durante aquela Libertadores e chegamos até a final - disse Jairzinho.

AS DECISÕES CONTRA O RIVER PLATE

Com a melhor campanha, o Cruzeiro iniciou a decisão no Mineirão. Mas os jogadores do Cruzeiro não entendiam que eram favoritos. O time do River Plate merecia respeito.

- Naquela época, tanto o Cruzeiro quanto o River tinham grandes jogadores. O River que jogou contra nós era praticamente metade da seleção argentina campeã do mundo em 1978 - afirmou Palhinha.

Porém, empurrado por sua torcida, o Inter não tomou conhecimento do adversário. Os mais de 58 mil torcedores presentes viram Nelinho, Valdo e Palhinha, duas vezes, marcarem e a Raposa vencer o River Plate por 4 a 1. O gol de honra dos argentinos foi marcado pelo atacante Más.

Jogadores do Cruzeiro comemoram um dos gols contra o River Plate no Mineirão, na primeira partida da decisão da Libertadores (Foto: Célio Apolinário)


A volta foi no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, onde o time de Zezé Moreira conheceu sua única derrota na competição. Com gols de López e González, os Millionarios venceram por 2 a 1. Palhinha marcou mais uma vez para o Cruzeiro. Como o regulamento não falava em saldo de gols, uma terceira partida teve de ser realizada para definir o campeão.

A grande decisão foi no Estádio Nacional de Santiago, no Chile. Apesar de ser um palco neutro, recebeu grande público, cerca de 40 mil torcedores. A partida também não deixou a desejar. Com gols de Nelinho e Eduardo, substituto de Roberto Batata, o Cruzeiro saiu na frente. Mas o River empatou no segundo tempo. Más e Urquiza marcaram.

O gol da vitória, e do título, do Cruzeiro saiu apenas aos 43 minutos da etapa final. Joãozinho cobrou falta com muita categoria e garantiu o primeiro título da Libertadores ao clube celeste, no dia 30 de julho de 1976.

- Foi uma felicidade muito grande em meio a um momento triste, que perdemos o companheiro Batata. Aquele título foi em sua honra. Ganharmos a Libertadores foi uma homenagem nossa ao Batata.

1023 visitas - Fonte: LANCE!Net




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