River Plate e Cruzeiro se enfrentarão no Monumental de Nuñez pelas quartas de final da Libertadores (FOX)

Quatro Libertadores em campo. Nesta quinta-feira (21), o Cruzeiro encara o River Plate, pela partida de ida das quartas de final da Copa Bridgestone Libertadores. A Raposa chega desgastada para o duelo contra os argentinos. Na fase anterior, o time mineiro precisou ir às penalidades para eliminar o São Paulo.

Do outro lado, os millonarios garantiram a classificação em triste episódio que foi resolvido nos tribunais da Conmebol. Após atletas serem atingidos por substância tóxica na Bombonera, o Boca Juniors foi excluído do torneio, abrindo caminho para o maior rival seguir vivo no sonho do tricampeonato da América.

O FOX Sports transmite a partida ao vivo e com exclusividade a partir das 21h30. O FOXSports.com.br conta, em detalhes, tudo sobre os dois adversários desta quinta-feira (21).



Velocidade e marcação sob pressão. Essas devem ser as principais armas do River Plate para tentar sufocar o Cruzeiro. Atuando no esquema tática 4-4-2, o time de Marcelo Gallardo tem dois meias de ligação que se movimentam com intensidade (Sánchez e Pity Martínez), que invertem de posição a todo momento e recebem o apoio de Kranevitter e Ponzio.

A principal característica dos argentinos é a velocidade de seus dois homens de frente. Teo Gutiérrez não é um primor tecnicamente, mas é muito forte e briga em todas as bolas. Juntamente com Rodrigo Mora, ambos caem pelos lados do campo e abrem a dupla de zaga adversária. Na prática, o River Plate chega a atacar com até cinco homens.

Nas laterais, Vangioni apoia mais do que Mammana, que possui características mais defensivas. Quando o River está com a posse de bola, por conta do avanço ao ataque dos volantes de contensão e de Vangioni, Mammana se torna um terceiro zagueiro ao lado de Funes Mori e Maidana, cobrindo as ofensivas dos homens do setor defensivo.


O Cruzeiro será a mesma equipe que eliminou o São Paulo, no Mineirão. Marcelo Oliveira mantém a equipe no 4-2-3-1, mas a Raposa deve ser um pouco mais incisiva no duelo diante dos argentinos. Nas oitavas de final, no Morumbi, o time mineiro foi engolido pelo rival e praticamente não demonstrou força ofensiva.

O trio de meias terá grande responsabilidade na marcação. Uma vez que a saída de bola do River Plate se inicia nos pés de Ponzio e Kranevitter, os cruzeirenses devem compactar a pressão no meio-campo e forçar os erros do time argentino. O lado direito do Cruzeiro deve ser a principal arma da equipe mineira no duelo. Mayke e Marquinhos podem usar da velocidade e servir Leandro Damião dentro da grande área.

A dupla de volantes deve ficar mais presa no campo de defesa. Willians e Henrique costumam se mandar ao ataque e ficam mais próximos de Arrascaeta. Porém, por conta da velocidade argentina, ambos devem ficar recuados, com Henrique saindo um pouco mais ao setor de frente.



Ao todo são três gols na Libertadores. O número não impressiona, mas Rodrigo Mora deve ser vigiado de perto pela defesa do Cruzeiro. O uruguaio se movimenta intensamente pelos lados do campo e também recua ao meio-campo para atuar ao lado de Pity Martínez na armação do River Plate.

Mora é técnico e apresenta grande qualidade nos chutes de fora da área. A inteligência na troca de passes com Martínez e Kranevitter pode ser um adendo ao ataque argentino, que deverá encarar uma equipe fechada, mas perigosa nos contra-ataques.

Canhoto, Mora é oportunista e aparece com frequência na grande área. Apesar de atuar pelos lados do campo, o uruguaio, assim como Téo, fecha para aproveitar os cruzamentos de Vangioni e Sánchez.

Marquinhos deve ser o jogador mais acionado do Cruzeiro diante do River. Veloz, o atacante ficará aberto pelo lado direito e será opção de velocidade para os mineiros, que receberão muita pressão do meio-campo argentino. O setor destro da Raposa, com Marquinhos e Mayke, deve ser a alma do time de Marcelo Oliveira.

Além de veloz, o atacante também é o dono da bola parada do Cruzeiro. Por ser um time que ataca pouco longe de seus domínios, as faltas e escanteios serão de grande valia para a Raposa. Principal nome da armação mineira, Arrascaeta será observado de perto por Kranevitter e Ponzio, mas, Willian e Marquinhos podem se aproveitar dos espaços livres no Monumental.



Caso a correria e marcação não funcionem, Gallardo pode mudar a forma como a equipe atua com uma substituição. Bastante técnico e cerebral, o argentino seria de grande valia ao lado de Pity Martínez, que possui características semelhantes, mas é um pouco mais incisivo que o companheiro.

Bom na bola parada, Pisculichi ajudaria o River Plate a prender a posse de bola e empurrar o Cruzeiro para o campo de defesa. Kranevitter ou Ponzio poderiam ser sacrificados para que o meia entrasse na partida. Com a mudança, os millonarios ficariam com três homens de criação e dois atacantes abertos pelos lados do campo (Teo e Mora).

O Cruzeiro fez uma partida muito ruim diante do São Paulo fora de casa. Uma das principais causas pela apatia mineira foi a falta de criação e posse de bola. Gabriel Xavier pode ser a solução para o problema. Técnico e veloz, o ex-meia da Portuguesa poderia adentrar na vaga de um de um dos pontas (Willian ou Marquinhos), umas vez que seja pouco provável que Oliveira saque um de seus dois volantes, ainda mais atuando na Argentina.

Com a entrada de Xavier, a equipe teria dois homens designados a criar e prender a bola, fazendo com que Ponzio e Kranevitter segurassem mais no campo de defesa, oprimindo também uma saída de bola com maior qualidade do River. Damião continuaria como opção na grande área, com Marquinhos rodando à frente dos meias e pelas laterais.



Nome antigo na Libertadores, o comandante do duelo entre River Plate e Cruzeiro será Enrique Osses. O chileno tem histórico positivo apitando partidas de equipes brasileiras, uma vez que esteve na decisão da Libertadores de 2012, vencida pelo Corinthians, e na final da Copa TOTAL Sul-Americana do mesmo ano, conquistada pelo São Paulo. Carlos Aztrosa e Marcelo Barraza, também do Chile, serão os auxiliares.