Melhor lembrança do Cruzeiro na Libertadores aconteceu diante do River Plate, na decisão de 1976; Boca Juniors foi o rival mais enfrentado, mas Estudiantes, Independiente, Rosario, Vélez, San Lorenzo e Huracán já estiveram no caminho celeste na história do principal torneio da América do Sul
O destino colocou o River Plate no caminho do Cruzeiro na Copa Libertadores. Pegar um rival argentino não é novidade para o clube mineiro, que é o time brasileiro recordista em jogos contra os hermanos pelo torneio continental. Com as duas partidas das quartas de final, a Raposa contabilizará 32 jogos contra representantes do país vizinho. Na primeira vez em que o time celeste pisou no Monumental de Núñez foi no segundo jogo da decisão contra os Millonarios, em 1976.
Até o momento foram 30 jogos, com 12 vitórias, seis empates e 12 derrotas. O adversário que mais vezes cruzou o caminho do Cruzeiro foi o Boca Juniors, com sete confrontos. A Raposa venceu três, perdeu três e contabilizou ainda um empate. A igualdade ocorreu justamente no terceiro jogo da final de 1977.
Depois de um 0 a 0 no tempo regulamentar, o Boca levou a melhor nos pênaltis, por 5 a 4, e conquistou o título.
Foi também sobre um argentino que o Cruzeiro conquistou seu primeiro título na Libertadores. O River Plate perdeu no Mineirão por 4 a 1 e venceu no Monumental de Nuñez por 2 a 1. O regulamento da época previa um terceiro jogo, mesmo com o saldo de gols a favor do Cruzeiro. Em Santiago, no Chile, o time de Raul, Nelinho, Piazza, Jairzinho e companhia venceu por 3 a 2.
No ano passado, o San Lorenzo foi algoz celeste nas quartas de final. O time do Papa Francisco terminou com o título da Libertadores. Em 2015 a Raposa já encarou um argentino pela fase de grupos. O Cruzeiro empatou com o Huracán no Mineirão e perdeu por 3 a 1 em Buenos Aires.
Rival recente
Como toda rivalidade que se preze, algumas partidas contra argentinos povoam os piores pesadelos da torcida cruzeirense até hoje. A mais emblemática delas foi a da final de 2009, contra o Estudiantes, quando o Cruzeiro abriu 1 a 0 no segundo tempo e permitiu a virada adversária em pleno Mineirão.
Desde aquela edição, o Estudiantes acabou se tornando um rival da Raposa. Foi a equipe de La Plata que aplicou a maior goleada sofrida pelo Cruzeiro contra argentinos: 4 a 0, na primeira fase de 2009. Em contrapartida, foi o clube celeste que impôs a mais elástica derrota já sofrida pelo Estudiantes em sua história na Libertadores: 5 a 0, em 2011.
Ao todo, Cruzeiro e Estudiantes se enfrentaram em seis ocasiões na Libertadores, com três vitórias brasileiras, duas argentinas e um empate.
Bi sem argentinos pelo caminho
Mesmo sendo o clube brasileiro que mais enfrentou argentinos em Libertadores, um fato curioso marcou a campanha da equipe em 1997, ano do bicampeonato. Naquela ocasião, o Cruzeiro não teve nenhuma equipe argentina em seu caminho até o título. O River Plate foi eliminado pelo rival Racing nas oitavas de final. O Vélez Sarsfield caiu para o Sporting Cristal também nas oitavas.
O clube peruano eliminou também o Racing nas semifinais. Um fato curioso marcou essa partida. No dia do duelo de ida, vários jogadores argentinos declararam greve em apoio a atletas do Deportivo Español, que não tiveram contratos renovados e mesmo assim foram impedidos de se transferirem para outras equipes. A despeito disso, o Racing mandou a campo seu time principal na Libertadores, mas acabou surpreendido pelos peruanos.
Antes do Sporting Cristal, na decisão, o Cruzeiro eliminou o Colo Colo na semifinal, que havia tido a melhor campanha da fase de grupos, e o Grêmio, nas quartas de final.