Beto Carvalho, Willer Ribeiro e Leonardo Oshiro exibindo as cores do Cruzeiro nas ruas de Buenos Aires
Gilmar Laignier
Enviado especial a Buenos Aires
Pelo excesso de camisas do Cruzeiro nas ruas, Buenos Aires mais parecia Belo Horizonte nesta quarta-feira. Centenas de cruzeirenses que chegaram à Argentina na noite de terça invadiram o microcentro da capital e marcaram território com o azul celeste.
Curiosamente, eram raras as camisas do River Plate, adversário desta quinta-feira, às 22h, no Estádio Monumental de Núñez, pelas quartas de final da Copa Libertadores.
Os cruzeirenses Beto Carvalho, 36 anos, o produtor de eventos, Willer Ribeiro, 35, tabelião, e Leonardo Oshiro, 31, empresário gráfico, investiram R$ 2.800 cada um na viagem a Buenos Aires no mesmo voo do time. Todos estão confiantes na vitória fora de casa. Nessa véspera da partida, eles aproveitaram para percorrer as ruas do centro de Buenos Aires, lotadas de turistas.
Ruas do Centro de Buenos Aires ficaram cheias de cruzeirenses, que devem chegar a dois mil em Núñez
O administrador Julio Mafra, de 40 anos, estava sozinho, mas não menos confiante. Ele já foi a quatro dos cinco jogos da Raposa fora de casa nesta Libertadores e está acostumado a exibir sua paixão pelo Cruzeiro em outros países. “Fui ao jogo contra o Huracán, o Sucre, e o São Paulo, além deste contra o River”, conta Mafra. No ano passado, ele compareceu a nada menos que 15 partidas da equipe estrelada fora de Belo Horizonte. “Foram quatro pela Libertadores e 11 pelo Brasileiro”, revela.
Durante a manhã e a tarde, poucos torcedores foram vistos com a camisa do River no centro da capital. Um deles, o vendedor Sergio Juarez, aposta em goleada argentina no Monumental. “Vai ser 3 a 0 sobre o Cruzeiro”, apostou.
Quem torce para o Boca, por outro lado, engrossa a torcida do Cruzeiro na Argentina. A vendedora de uma loja de camisas de futebol, Funes Macarena, lamentou a eliminação para o River na Justiça e agora seca o rival. “Fiquei chateada com a eliminação do Boca. Os jogadores não têm culpa do que ocorreu e muito menos o restante da torcida. Agora, só nos resta torcer pelo Cruzeiro”.
Julio Mafra: quarta viagem para ver o Cruzeiro nesta edição da Copa Libertadores