Até o início desta temporada, era quase unânime a opinião de que Atlético-MG e Cruzeiro formavam a dupla das melhores equipes do futebol brasileiro. O histórico recente era um argumento forte para reforçar a defesa. Afinal, o time celeste vinha de dois títulos consecutivos do Campeonato Brasileiro, e o Galo havia conquistado a Libertadores (em 2013), a Recopa Sul-Americana e a Copa do Brasil (em 2014), esta última em cima do maior rival.
No entanto, bastou a Libertadores 2015 começar e tudo mudou. Na terceira rodada da fase de grupos, os dois times mineiros chegam com as piores campanhas entre os brasileiros, e seus ataques ainda convivem com o estigma de terem o pior começo da história dos dois clubes, com nenhum gol marcado. Aliás, os dois são os únicos que ainda não balançaram as redes até agora entre os 32 participantes.
O desafio nos jogos desta semana é mais que marcar gols. Eles precisam vencer e manter viva a esperança de novamente ser o Rei da América. O Atlético-MG é quem vê mais arriscada a situação. Com duas derrotas, a equipe é a lanterna do grupo e está distante seis pontos do próximo adversário: o Independiente Santa Fé, da Colômbia. A partida será em Bogotá, nesta quarta-feira, às 22h (de Brasília), no estádio El Campín.
Diferentemente do rival, o Cruzeiro já somou dois pontos, no grupo considerado mais fácil da primeira fase. Entretanto, isso não significou vida fácil. A equipe celeste não teve bom desempenho nas partidas e não marcou gols também. Caso não consiga um bom resultado em Guayana, na Venezuela, contra o Mineros, às 22h15 (de Brasília), a situação também irá se complicar para a Raposa.
Todo cuidado é pouco
Para evitar uma eliminação precoce, o zagueiro Edcarlos avisa que o time alvinegro precisa tomar cuidado com a defesa, mas também precisa ser eficiente diante do Santa Fé.
- Não podemos tomar gol. O setor defensivo tem que estar impecável. Acredito no nosso setor ofensivo, onde temos jogadores de muita qualidade, e quando as oportunidades aparecerem a gente vai fazer os gols – disse o zagueiro Edcarlos.
Do outro lado, o meia Alisson tenta explicar o fato de o Cruzeiro ainda não ter marcado gols na Libertadores. Para ele, a culpa é do esquema tático dos adversários que o time já enfrentou até aqui.
- A gente joga contra times que marcam muito. Time que fica bastante fechado quando vai jogar contra o Cruzeiro. As coisas com certeza vão melhorar daqui para frente.
Histórico
Este é o pior início de Libertadores para os ataques alvinegro e celeste. Até então, o desempenho mais fraco do Galo tinha sido em 2000, quando marcou apenas um gol (na vitória mínima sobre o Bolívar, no Mineirão). No segundo jogo, derrota por 1 a 0 para o Cobreloa. Já o Cruzeiro teve o pior início, até este de 2015, em 1994 e 1997, quando marcou um gol. Na primeira vez, marcou no empate com o Vélez Sarsfield, após perder para o Palmeiras por 2 a 0. Na segunda, perdeu por 2 a 1 para o Grêmio, no Mineirão.