O fato de não vencer o rival Atlético-MG desde julho de 2013 não está sendo usado pelo técnico Marcelo Oliveira como elemento de motivação para os jogadores do Cruzeiro. A longa experiência de Marcelo como jogador e treinador ensina que momentos desfavoráveis no passado não influenciam numa nova partida. Neste domingo, às 16h (de Brasília), os dois rivais se enfrentam, no Mineirão, e a Raposa vai tentar quebrar o tabu de oito jogos sem vencer o Galo.

- Já enfrentei muitos clássicos como atleta e como técnico. As situações são diversas. É um jogo de nova história, jogo único. O Cruzeiro é o primeiro e pretende manter a liderança. É importante que, depois de perdermos os últimos clássicos, voltemos a vencer – afirma o técnico cruzeirense.

Para Marcelo, o clássico é sempre equilibrado, independentemente da fase que os times vivem. Segundo ele, quando a bola rolar no domingo, tudo fica igual.

- No clássico, não tem favorito, as forças se igualam, porque é uma motivação a mais. A realidade dos times é que o Cruzeiro está sendo remontado. Precisamos melhorar no capricho da última jogada, na inspiração. O Atlético-MG vinha de bom momento, teve jogadores lesionados, o que quebrou um pouco esse ritmo.

Mesmo sem mostrar incômodo sobre o tabu, Marcelo fala que vencer domingo será muito importante tanto para o time como para a torcida do Cruzeiro.

- Vencer o clássico é importante por dar uma confiança maior para o time e para torcedor. Além de mostrar que estamos evoluindo. Estamos devendo em relação aos clássicos do ano passado. No Mineiro, dois empates nos deram o título invicto.

Confira o restante da entrevista de Marcelo Oliveira nesta sexta-feira, na Toca da Raposa II.

Escalação sem mistério

- O time vai jogar com Fábio; Mayke, Leo, Paulo André e Mena; Willians e Henrique; Marquinhos, De Arrascaeta e Willian; Leandro Damião.

Jogo contra o Huracán

- No jogo anterior já falamos, tivemos uma conversa demorada sobre o jogo. Posso resumir que ficamos tristes pelo empate, era fundamental ganhar em casa, mas ficamos satisfeitos com a produção (contra o Huracán). Precisamos de capricho técnico para fazer o gol. E estipular inspiração técnica de jogadores que podem decidir o jogo.

Treino para o clássico

- Treinamos finalizações ontem. É satisfatório para o técnico quando o time está criando e a bola não está entrando, porque uma hora vai entrar. Fizemos muitas finalizações. Na defesa, p treinamento foi mais para situações que conheço do Atlético-MG, seja com centroavante ou sem referência. E também para a bola parada, que precisamos.



Alisson

- O Alisson é jogador que todos vocês conhecem. Temos um cuidado especial com ele. Não jogará de início, porque vem de paralisação longa. Pretendemos usá-lo durante o jogo se houver essa necessidade.

Arrascaeta

- A confiança no Arrascaeta é total, é ótimo jogador, criativo, que impõe velocidade. É um jogador estrangeiro, muito jovem, que vem para grande clube brasileiro. E chega já como titular. Até conversei com ele sobre isso, para que tenha tranquilidade. Certamente, jogo a jogo, encaixará seu melhor.

Estreantes no clássico

- Nesses dias, cheguei a conversar sobre isso. Sempre é tocado nisso. Faço questão de falar da história do Cruzeiro, tradição e conquistas. Isso é importante. Embora eles não tenham jogado clássico mineiro, já jogaram vários outros clássicos.