Foto: Gualter Naves/LightPress

Diferenciado. Essa é uma característica que pode ser aplicada perfeitamente a Paulo André, zagueiro que esbanja qualidade com a bola nos pés e demonstra extrema inteligência em todas as suas entrevistas. Tais atributos deram a Marcelo Oliveira a certeza de que o defensor ajudará muito a Raposa e, há menos de um mês no Clube, o experiente atleta já acumula três partidas como titular da esquadra celeste.

Nos combates em que o jogador esteve em campo, o Cruzeiro não sofreu gol. Logo na sua estreia pelo Tetracampeão Brasileiro, na vitória diante do Boa Esporte, por 3 a 0, no Mineirão, Paulo assumiu a braçadeira de capitão, já que Fábio havia sido poupado. Os outros dois duelos em que atuou foram nos empates sem gols perante Universitário de Sucre, na Bolívia, e Huracán, também no Mineirão.

Neste domingo, às 16h, o reforço celeste participará pela primeira vez de um clássico entre o Maior de Minas e o Atlético-MG. Motivado, o cruzeirense afirmou que o elenco estrelado não medirá esforços para sair de campo com uma vitória, não só pelos três pontos, mas também para dar alegria à imensa nação azul.

“Jogar um clássico pela primeira vez é sempre especial. A gente evidentemente quer vencer e mostrar para o torcedor que temos costume com grandes jogos, com partidas importantes. Para o campeonato valem os mesmos três pontos, mas para o nosso torcedor vale muito. E é por eles que vamos entrar em campo para tentar vencer a partida e dar a alegria que eles merecem”, disse.

Ainda sobre o embate do fim de semana, que será válido pela sexta rodada do Campeonato Mineiro, Paulo André disse estar consciente da importância da partida e que almeja escrever o seu nome em mais um capítulo da histórica rivalidade existente entre as duas agremiações.

“É muito bom esse clima, a gente assistia a esses grandes jogos e sonhava em estar lá, em participar. Tem torcedor que se lembra dos grandes jogos pelo resto da vida, quem fez gol, quem sofreu pênalti. São esses clássicos que acabam entrando para a história dos clubes. Essa é uma oportunidade que a gente tem de escrever a nossa história e de dar mais um capitulo vitorioso para a do Cruzeiro”, projetou.



Confira outros trechos da entrevista do zagueiro:

Espírito de liderança:

“É natural, é de percepção, de entender o momento. A gente via cinco, seis argentinos ( do Huracán-AGR) em cima do árbitro e eu pensava: ‘tenho que ir lá também, porque senão a gente fica em minoria’. Com o tempo, com a experiência, você vai tendo mais coragem de falar, de se posicionar, tanto fora quanto dentro de campo. O Fábio é o capitão, eu sou o tenente e temos mais jogadores que podem colaborar no sentido de passar informação, de passar a ideia para os companheiros.”

Evolução do time:

“Aos poucos o time vai se entendendo, amadurecendo, criando corpo e cada um vai aprendendo o ponto forte do outro. Participei de três jogos e não tomamos gol, ou seja, temos uma equipe consistente, que tem tido segurança defensivamente e não tem deixado de produzir, de atacar. Esse equilíbrio é fundamental para um time que quer chegar longe.”

Rápida adaptação:

“Tive a colaboração e a ajuda dos companheiros. A temporada chinesa acabou no final de outubro, estava de férias há quase três meses. Estou tentando fazer o máximo, me dedicando e, felizmente, as coisas têm acontecido. O futebol é dinâmico e você tem que provar a cada jogo, a cada treino que você tem qualidade para permanecer na equipe. A gente tenta sempre fazer o melhor e colaborar.”

Avaliação sobre o elenco:

“O nosso grupo é jovem, extremamente qualificado tecnicamente, ambicioso. Sabe onde começou e onde quer chegar. Isso inspira, dá vontade de trabalhar cada dia mais. Vejo um pessoal feliz, sem reclamar, treinando bastante. É um grupo que, se continuar seguindo as orientações do Marcelo (Oliveira), tem tudo para chegar longe.”