Toranzo é o destaque do Huracán, que enfrenta o Cruzeiro nesta terça-feira (Foto: Léo Simonini)
Autor de dois gols na atual edição da Libertadores, o meia Patrício Toranzo é um dos grandes destaques do modesto Huracán, da Argentina. O clube disputa a competição continental apenas pela segunda vez, por isso, a cada entrevista e partida, os jogadores não escondem a emoção por fazerem parte do torneio mais cobiçado das Américas. Toranzo não é diferente, apesar de acreditar que no futebol qualquer resultado é possível, mesmo diante de uma das forças do futebol brasileiro. Para ele, um exemplo disso é o que ocorreu em Lima, no Peru, ainda na primeira fase da competição (o time argentino fez 4 a 0 no Alianza Lima), quando foi perguntado se um empate serviria para a equipe.
- Ocorreu o mesmo com o Alianza Lima, mas hoje em dia especular algo sobre uma partida de futebol não tem lógica. Um empate contra o Alianza, em Lima, seria bom, mas acabamos vencendo por 4 a 0 e praticamente nos classificamos (para a fase de grupos). Aqui teremos 90 minutos para jogar e será a mesma coisa. Sabemos que não é uma partida que definirá tudo, mas sabemos que teremos que fazer um jogo inteligente. E se fizermos isso poderemos ter um bom resultado aqui.
Para fazer uma partida neste modelo, Toranzo reconhece que é preciso conhecer o adversário e ter atenção durante todo o jogo, A primeira parte ele garante que o time já fez.
- Sabemos tudo sobre o Cruzeiro. É uma grande equipe, tem grandes jogadores, são muito fortes aqui e são os últimos campeões brasileiros. Mas se nós estivermos concentrados durante os 90, ou 94 minutos, acredito que podemos fazer uma boa partida.
Responsabilidade individual e geral
Por ser um dos destaques do time, os companheiros de equipe poderiam imaginar que Toranzo carrega uma responsabilidade maior. Mas o próprio meia faz questão de dividi-la com todos os companheiros, uma vez que o Huracán está de volta a uma Libertadores 41 anos depois.
Toranzo, à direita, divide responsabilidades com o restante da equipe do Huracán, da Argentina (Foto: Léo Simonini)
- Já havia 41 anos que o Huracán não disputava a Libertadores, estamos aproveitando este momento sem nos preocuparmos. E cada um ocupa um lugar no campo e sabe da responsabilidade, daquilo que podemos render, e do que vamos mostrar na Argentina e no restante da América do Sul. Então, são muitas responsabilidades e situações que não cabem somente a mim – concluiu.