Brilhantes, coloridas, de cano alto. Tem de todos os jeitos. No futebol moderno, as chuteiras dos jogadores viraram um verdadeiro "Carnaval". Mas se engana quem acha que a escolha delas para as partidas é puramente estética. Judivan que o diga. O jovem atacante optou pela chuteira errada para o jogo contra o Universitario Sucre, da Bolívia, na estreia do time celeste na Libertadores, que terminou com empate em 0 a 0, na noite de quarta-feira, e acabou levando um puxão de orelha do treinador.

Marcelo Oliveira escolheu o jovem atacante para entrar no lugar do uruguaio Arrascaeta, no segundo tempo. A orientação era para que ele segurasse o avanço dos volantes do Universitario Sucre e puxasse os contra-ataques. Mas, com as chuteiras erradas, o jogador acabou escorregando muito.

- O Judivan entrou com a missão de pegar o volante e sair com velocidade nos contra-ataques, mas escolheu a chuteira errada daquela que havíamos orientado aos jogadores antes do jogo, aí acabou escorregando bastante - reclamou o treinador Marcelo Oliveira.

Basicamente, a diferença entre as chuteiras de futebol está nas travas. O número delas influenciam na mobilidade e o material interfere na aderência. Provavelmente, Judivan escolheu uma chuteira com travas de borracha, que não são muito indicadas para gramados altos e com grama molhadas, como foi o caso piso encontrado no Estádio Olímpico Pátria, onde o Cruzeiro jogou na quarta-feira.