Treino do Cruzeiro em Taubaté com bolas de tênis (Foto: Filipe Rodrigues)
As bolas aéreas recebem uma atenção especial do técnico Paulo Ricardo, comandante do Cruzeiro na Copa São Paulo de Futebol Júnior. Além das tradicionais jogadas ensaiadas, o treinador prepara seus atletas com cruzamentos de bolinhas de tênis para a área. A intenção é fazer com que o tamanho reduzido do objeto melhore o tempo de bola, além da precisão.
Novidade para quem acompanha os treinos da Raposa, a prática é antiga, segundo Paulo Ricardo, criador do método. Principalmente quando era técnico das categorias de base mais novas do Cruzeiro. São dois tipos diferentes de levantamento na área.
Pelas pontas, para que o atacante escore em direção ao gol e de frente para a área, para que o defensor afaste o perigo.
- É um trabalho que faço há muitos anos. Fui treinador pré-infantil, infantil, juvenil e júnior. Algumas coisas técnicas, você tem que adaptar a aquilo que você consegue rendimento em menor tempo possível. A bolinha de tênis, para acertar o tempo de bola, é muito mais difícil - afirmou o treinador durante atividade realizada em Taubaté, onde o Cruzeiro se prepara para enfrentar o Vasco pela segunda fase da Copa São Paulo.
Atividade mira aumentar precisão dos atletas ao cabecear tanto na defesa quanto no ataque (Foto: Filipe Rodrigues)
A bola de tênis também incentiva o jogador a ser mais agressivo. Em vez de esperar a bola chegar, o atleta tende a ir em direção a ela. A precisão também aumenta. A teoria de Paulo Ricardo é que toda bola tem um "ponto de contato", que direciona o cabeceio. Acertando a bola de tênis, fica mais fácil acertar este ponto em uma bola de futebol.
- O item é agressividade. Você consegue fazer muito mais repetição em um tempo muito menor. O ponto de contato de uma bola é do tamanho de uma bolinha de tênis. Já fiz teste com outros atletas, alguns foram artilheiros marcando gols de cabeça. É uma experiência que já foi feita antes, sei que tem bom resultado - afirmou.
A bola parada é uma arma do Cruzeiro na Copa São Paulo. Dos seis gols marcados até o momento na competição, dois vieram após cruzamentos na área. Um deles de cabeça, feito pelo atacante Hugo. O outro veio no rebote da zaga adversária. Na defesa, o clube também tem bom desempenho já que ainda não sofreu gols no torneio.