O Cruzeiro fechou acordo com a Caixa Econômica Federal para ser a sua patrocinadora máster em 2015, mas depende da presidente Dilma Rousseff para assegurar uma receita de R$ 20 milhões. Os atuais campeões brasileiros aguardam por uma definição até o fim do mês sobre eventuais mudanças na diretoria do banco e não negam que a situação acabou afetando os cofres do clube neste início de temporada.

Esse não é o único entrave de momento: na espera de um sinal vindo do Palácio da Esplanada, em Brasília, o clube corre atrás de todas as CNDs (certidões negativas de débito) para assinar contrato.

Ainda existem pendências a serem resolvidas nesta área.

O diretor comercial celeste Robson Pires conduz as conversas e foi até a capital federal se encontrar com o superintendente da Caixa, Gerson Bordignon, no mês passado, para acertar os detalhes da parceria.

"O prazo que deram para a gente voltar e definir é o fim de janeiro. É lógico que ainda existem detalhes a serem negociados, o interesse é mútuo, mas, como estamos em um ano de posse, a presidente pode mudar ou não a diretoria da Caixa. Se mudar, o foco atual do marketing também pode ser abandonado. Estamos no aguardo dessa situação política. Depende da Dilma", explica Robson Pires ao ESPN.com.br.

"Eles nos deram como exemplo o Corinthians, cujo contrato se encerra no fim do mês e que, para acontecer a renovação, passa por tudo isso que nos foi descrito", completa.

Mesmo com uma receita vinda de seu plano de sócios-torcedores que lhe assegura certa independência no mercado, a ausência de um patrocínio neste primeiro mês do ano pesa no orçamento dos mineiros.

"É claro que fazer falta, faz, sim", admite o dirigente cruzeirense.

O prejuízo é ainda maior por conta do gasto considerável que o time teve na adesão ao Refis (programa de parcelamento federal da dívida fiscal) para tentar regularizar a sua situação e, assim, obter as CNDs.

"Conseguimos equacionar todos os débitos com o Refis. É uma questão de tempo (chegarem as CNDs). Pagamos um valor muito alto em dezembro e falta apenas a documentação", afirma o diretor comercial Robson Pires.

O patrocínio da Caixa seria assinado pelo Cruzeiro até o fim de dezembro e representaria um aumento de R$ 5 milhões em relação ao BMG, que pagava R$ 15 milhões anuais ao clube.