Willian Farias não é nenhum protagonista nesta caminhada do Cruzeiro rumo ao bicampeonato Brasileiro de forma consecutiva. Ao todo, o volante tem somente sete partidas como titular da equipe de Marcelo Oliveira no ano.
A última - a virada por 2 a 1 diante do Grêmio, na quinta-feira - foi, sem dúvida, a mais importante e uma das melhores do jogador pelo clube. Apesar de nervosismo no início, Willian Farias foi ganhando confiança e, na etapa final, ajudou a fechar os espaços do meio-campo. Mas não foi a boa atuação do volante que chamou atenção em Porto Alegre, mas o drama pessoal pelo qual passou de forma discreta, revelado depois do apito final.
O volante contou que logo depois da parada para a Copa do Mundo, o filho, com apenas um mês de vida, adoeceu e passou um longo período internado em Belo Horizonte. Liberado de diversos treinos, mas sem nunca aceitar, Willian acabou perdendo peso, mas teve nos companheiros de clube e na fé em Deus os alicerces para seguir no trabalho.
- Tive um problema com o meu filho, Enzo Gabriel. Ele nasceu, estava com um mês e acabou sendo internado na UTI. Ficou 40 dias e mesmo assim não deixei de treinar. As pessoas me perguntam de onde tirei forças. Falo que foi de Deus e, também, da família Cruzeiro.
Filho de Willian Farias segue com o tratamento em casa
Visivelmente emocionado, Willian relembrou que os momentos vividos foram de sofrimento mas, também, de aprendizado.
- Perdi seis quilos, o que para um atleta é muita coisa. É até difícil falar, todos no clube sabiam do problema, falavam que era para eu ficar em casa dando apoio para minha esposa. Eu saia do treino e ia para o hospital. Foram 40 dias difíceis, mas de muito aprendizado.
Atualmente, o pequeno Enzo está em casa onde segue com o tratamento.
- Felizmente agora ele está em casa, fazendo o tratamento que tem que ser feito para que se recupere bem. Graças a Deus está forte na batalha. Estamos firmes aí.
Com relação ao futebol, Willian sabe que o pior também já passou. Ele reconhece a ansiedade, mas garantiu que está sabendo esperar pelo melhor.
- Todo mundo está ansioso, nós jogadores, o torcedor, comissão técnica. Mas não pode deixar isso influenciar na nossa maneira de jogar, na nossa identidade, isso não pode mudar. E se Deus abençoar, e for no domingo, vai ser ótimo.