Finalistas da Copa do Brasil, Atlético-MG e Cruzeiro entram em campo para os primeiros 90 minutos do duelo decisivo nesta quarta-feira, às 22h (de Brasília), no Independência, ambos com sonho do título: os celestes na busca pelo quinto e o alvinegro na busca pelo primeiro de sua história. Mas quem se lembrar de três anos atrás vai perceber o quanto o futebol mineiro mudou.

Em 2011, tanto Atlético-MG quanto Cruzeiro lutaram contra a queda para a série B. O clube mineiro conseguiu escapar na penúltima rodada e deixou o arquirrival ainda na luta. Na época a rivalidade que sempre foi grande ganhou um tempero a mais: os clássicos do Campeonato Brasileiro foram colocados todos para a última rodada, e o time alvinegro poderia rebaixar o rival com uma simples vitória.

Léo Silva o pensamento do Atlético-MG mudou neste tempo
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O resultado, no entanto, nem o torcedor mais otimista do Cruzeiro conseguiria imaginar. O time celeste bateu o rival por 6 a 1, resultado que até hoje é comemorado pelos cruzeirenses em Belo Horizonte, e escapou de uma vez por todas da queda para a segunda divisão.

Três anos depois tudo mudou: o Atlético-MG foi vice-campeão do Brasileiro de 2012, campeão da Copa Libertadores de 2013, e o Cruzeiro conquistou o Campeonato Brasileiro de 2013 e é o principal candidato a conseguir a taça do Brasileiro de 2014.

Para o zagueiro atleticano, Leonardo Silva, o pensamento de crescimento foi fundamental para a melhora do Atlético-MG. “Mudou a situação. O trabalho continuou, a estrutura permaneceu. Os jogadores que chegaram contribuíram para que esse pensamento fosse o melhor possível. O trabalho e o planejamento foram bem feitos. A diferença foi o trabalho, a cabeça no lugar, tirar proveito de uma situação e dar a volta por cima”, comentou.

O goleiro cruzeiro, Fábio, acredita que foi importante aprender com aquele momento para o Cruzeiro se planejar melhor. “Situações bem diferentes, mas é importante lembrar daquele momento para que não aconteça novamente, principalmente o Cruzeiro, que nunca tinha vivenciado uma situação tão delicada como aquela”, disse.

Fábio acredita que após os problemas de 2011, o Cruzeiro se planejou mais para as próximas temporadas
Foto: Ivan Storti / Agência Lance

O arqueiro disse que o bom planejamento feito pela diretoria nos anos seguintes fez a diferença. “Para nós, particularmente, o que mudou é que o Cruzeiro viu quem em 2011 não se planejou, não fez uma equipe digna da grandeza do Cruzeiro para estar entre os primeiros. Aprendemos com isso e, no ano seguinte, começamos uma reformulação. Isso é mérito do presidente e da diretoria e que souberam reformular o Cruzeiro, uma equipe vencedora”, finalizou.

Para fechar com chave de ouro as duas ótimas temporadas dos grandes rivais, a final da Copa do Brasil ficará em Minas. O Atlético-MG aposta na raça, após ter virado dois jogos que pareciam impossíveis, diante de Corinthians e Flamengo, enquanto o Cruzeiro tem a técnica apurada de um dos melhores clubes brasileiros nos últimos dois anos.