Kalil: "Tenho que escutar uma diretoria"

O presidente do Atlético, Alexandre Kalil, disse, nesta terça-feira, que era a favorável a torcida única nos clássicos contra o Cruzeiro na final da Copa do Brasil. Porém, como está no fim de seu mandato, decidiu acatar a decisão da diretoria do clube, que forma uma chapa na eleição de dezembro.

“A opinião do Alexandre Kalil era de torcida única. Como sou um presidente esvaziando o carrinho, eu tenho que escutar uma diretoria que vai permanecer à frente do Atlético. Eu disse claramente ao Alexandre que eu não sou mais a voz absolutista do Atlético. Sou o único de uma grande diretoria que está saindo. Eu vou escutar a diretoria e definir”, disse Kalil, em entrevista à TV Band Minas.

O presidente garantiu ainda que não havia feito nenhum acordo com Cruzeiro sobre torcida única nos clássicos, confirme disse na semana passada Gilvan de Pinho Tavares, mandatário do rival.

“Se eu tivesse feito algum tipo de acordo com o Cruzeiro, o Alexandre Matos não teria me ligado na quinta-feira para saber de torcida única”, disse. “Eu nunca conversei isso com o presidente do Cruzeiro.”

A polêmica da presença da torcida visitante começou na semana passada, quando o Atlético solicitou a carga de 10%. O Cruzeiro também solicitou.

Entretanto, o setor de visitantes do Independência, local escolhido pelo Galo para a partida de ida, comporta menos de 10% da capacidade do estádio. Após troca de farpas entre os dirigentes, a Polícia Militar anunciou que a torcida celeste receberá 8,13% da carga para o jogo no Independência. Diante da decisão, o Cruzeiro desistiu dos ingressos de visitante para o clássico.