11/11/2014 14:15
Cruzeiro não aceita determinação da PM e clássico no Independência terá torcida única
Todos os ingressos serão vendidos a torcedores do Atlético no Horto
Diretoria do Cruzeiro desistiu de contar com sua torcida no jogo de ida da final da Copa do Brasil
O último capítulo do impasse em relação à carga de ingressos para torcida visitante no clássico da final da Copa do Brasil parece ter sido escrito na tarde desta terça-feira. Sem a possibilidade de ter 10% de torcedores no Independência, o Cruzeiro desistiu de contar com sua torcida no primeiro jogo da decisão.
O clube celeste divulgou em seu site oficial uma nota no início da tarde em que demonstra insatisfação com o prazo estipulado pelo Atlético para comercialização dos ingressos relativos ao setor de visitante. Segundo o Cruzeiro, o rival pretendia que a venda fosse realizada a 30 horas do início do jogo, e não a 72, como manda o Estatuto do Torcedor.
A diretoria do Cruzeiro encerra a nota acusando o rival de "manobras" para dificultar o comparecimento do torcedor celeste no Independência de acordo com normas legais.
A reunião entre clubes, Federação e Polícia Militar relativa ao segundo jogo da final ocorrerá nas próximas semanas. Ainda não foi definida a situação da torcida visitante no duelo do Mineirão.
Confira abaixo a nota na íntegra:
O Cruzeiro Esporte Clube enviou no começo da tarde desta terça-feira um ofício à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) relatando os motivos que levaram o Clube a desistir de receber a cota oferecida de ingressos a que tinha direito no primeiro jogo da final da Copa do Brasil, marcado para esta quarta-feira, às 22h, no estádio Independência.
Hoje, às 10h50, o Cruzeiro Esporte Clube foi surpreendido com um ofício do Atlético Mineiro alegando que apenas 1.871 ingressos seriam repassados ao clube visitante, diferente do que manda o Regulamento Geral das Competições que determina um total de 10% da capacidade total do estádio, ou seja, no caso do Independência 2.331 ingressos. O Cruzeiro contesta ainda os prazos estipulados pelo Atlético Mineiro para que os ingressos pudessem ser comprados pelo clube visitante e revendidos à nossa torcida. Apesar do Estatuto do Torcedor prever um prazo de 72 horas para que essa operação seja realizada, o Clube mandante da primeira partida pretendia que a mesma fosse executada apenas a 30 horas do início do jogo.
Diante dos fatos apresentados com o descumprimento das normas do Regulamento Geral da competição e do Estatuto do Torcedor, o Cruzeiro Esporte Clube não concorda em aceitar uma cota menor da prevista além de não ter como formalizar uma operação de venda dos ingressos em um prazo tão curto.
A diretoria lamenta ainda que nossa torcida não possa comparecer ao primeiro jogo da final devido às manobras da diretoria do Atlético Mineiro.
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