Artilheiros, Gabriel e Marcelo Moreno comandam os ataques de Santos e Cruzeiro (Foto: Editoria de arte)
Adversários em uma das semifinais da Copa do Brasil, Cruzeiro e Santos têm dois dos ataques mais positivos do país em 2014. A Raposa marcou 111 gols, e o Peixe, 107. O que chama a atenção é a divisão da responsabilidade de balançar as redes. Juntando os números dos dois times, 41 jogadores diferentes (21 pelos mineiros e 20 pelos santistas) marcaram na temporada.
No Cruzeiro, Marcelo Moreno é o artilheiro, com 20 gols, mas outros sete jogadores atacantes também balançaram as redes em 2014: Ricardo Goulart (16), Júlio Baptista (11), Dagoberto (9), Willian (7), Alison (4), Borges (2) e Marlone (1). Ainda assim, o restante dos atletas, mesmo jogando em outros setores, é responsável por quase 40% dos gols cruzeirenses na temporada. A dupla de zaga Dedé e Léo, por exemplo, já marcou 10 gols (cinco cada).
Pelo Santos, o artilheiro é Gabriel, também com 20 gols, e, assim como na Raposa, outros sete homens de frente já foram às redes no ano: Geuvânio (14), Thiago Ribeiro (10), Leandro Damião (9), Robinho (7), Diego Cardoso (4), Rildo (3) e Stefano Yuri (2). O meia Cícero, hoje no Fluminense, ainda encabeça a artilharia dos "não-atacantes", com 11 gols. E tal qual os mineiros, o Peixe também tem seu zagueiro "matador": David Braz, com seis gols.
A democracia também é observada na Copa do Brasil. No Cruzeiro, seis jogadores foram os responsáveis pelos 11 gols da equipe. Marcelo Moreno, com três gols, é o artilheiro, seguido de Júlio Baptista, Henrique e Willian (todos com dois). No Santos, a divisão dos 18 gols marcados (um foi contra) se dá entre oito atletas. Além de Gabriel (cinco gols), também balançaram as redes na competição mata-mata Robinho (4), David Braz (3), Cicinho, Alan Santos, Arouca, Lucas Lima e Rildo (um).
- Aqui houve uma combinação boa, porque o Cruzeiro sempre foi tido como uma academia, com times maravilhosos, que faziam gols. Temos colocado mais jogadores técnicos e os feito entender que podem ajudar na marcação, pois, quando eles tiverem a bola, teremos um time criativo e ofensivo - disse o técnico da Raposa, Marcelo Oliveira.
- O Santos joga para poder vencer, fazer gols. Só precisamos conscientizar a equipe de que, quando não tem a bola, é preciso marcar. Estamos criando boas oportunidades. A questão da competitividade é algo que temos de estimular. É importante que estejam sempre competindo por gols - analisou o treinador santista, Enderson Moreira.
Nesta quarta-feira, às 22h (de Brasília), na Vila Belmiro, os "democráticos" ataques de Cruzeiro e Santos estarão frente a frente outra vez. À Raposa, basta um empate para ir à final. O Alvinegro precisa vencer por, pelo menos, dois gols. Caso o Peixe vença por 1 a 0, o confronto vai ser decidido nos pênaltis.