Cruzeiro campeão da Taça Brasil-66: Piazza, Raul, William, Procópio, Pedro Paulo, Neco, Tostão, Natal, Dirceu Lopes, Evaldo e Hilton Oliveira

Cruzeiro e Santos, que nesta quarta-feira começam a decidir uma vaga na final da Copa do Brasil, fizeram, há 48 anos, um dos mais memoráveis confrontos da história do futebol brasileiro, na decisão da Taça Brasil.

Além de dois jogos épicos, ambos com vitórias dos mineiros (6 a 2 e 3 a 2), o primeiro confronto, no mesmo Mineirão que irá abrigar a partida de hoje, entrou para a história do futebol brasileiro por registrar o que era até então a maior renda do futebol do país, em partidas de clubes.

E com muita folga. A arrecadação de 222.314.600,00 cruzeiros, a moeda brasileira da época, superou em quase 50 milhões de cruzeiros o recorde anterior, que pertencia a um jogo entre Flamengo e Fluminense, no Maracanã, em 1963.

Só que o valor que na época era uma fortuna hoje não é nada impressionante. Pela correção do IPC, um dos principais índices de inflação do país que já existia em 1966, a renda recorde da final da Taça Brasil equivale hoje a apenas R$ 584 mil.

Como foram 77.325 pagantes naquele 30 de novembro no MIneirão, o bilhete médio, pelos valores de hoje, custaria convidativos R$ 7,5, uma pechincha para quem teve a chance de ver Pelé, Tostão, Dirceu Lopes e Toninho Guerreiro fazerem um jogo épico.

O time mineiro foi para o intervalo vencendo por 5 a 0. No jogo da volta, no Pacaembu, o Santos abriu 2 a 0 no primeiro tempo, mas levou a virada e viu o Cruzeiro ficar com o título.