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29/10/2014 06:46

Caipiras, com trajetórias quase iguais e tardios: Goulart e Lucas Lima duelam

Meias de Cruzeiro e Santos guardam semelhanças entre si e se enfrentam nesta quarta-feira, na semifinal da Copa do Brasil. Maestro santista avisa: 'Podemos decidir'

Caipiras, com trajetórias quase iguais e tardios: Goulart e Lucas Lima duelam
Lucas Lima e Ricardo Goulart, esperanças de Santos e Cruzeiro na Copa (Crédito: LANCE!Press)

À primeira vista, o sotaque carregado, típico do interior paulista, parece ser a única semelhança entre Lucas Lima, nascido em Marília, e Ricardo Goulart, de São José dos Campos. Porém, os meias de Santos e Cruzeiro têm muitas outras coisas em comum, a começar pelo papel de protagonista no duelo da semifinal da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, às 22h, no Mineirão.

Destaques de suas equipes, o santista como maestro e o cruzeirense como artilheiro, eles traçaram trajetórias semelhantes no mundo da bola. Revelados em times pequenos de São Paulo, Inter de Limeira e Santo André, respectivamente, eles passaram sem sucesso pelo Internacional e foram explodir na Série B, Lucas pelo Sport, ano passado, e Goulart no Goiás, em 2012. Em terra onde garotos de 17 e 18 anos já são chamados de craques, eles brilharam tardiamente. Nada que seja problema para o armador do Peixe, de 24 anos, ou para o goleador celeste, de 23. Experiência e bagagem são palavras comuns no discurso de ambos.

Os jogadores, porém, não vêem semelhanças entre si em campo. No entanto, admiram um ao outro.

– Ele é um grande jogador e está crescendo muito! Pelo talento que tem, vai melhorar ainda mais. O Lucas gosta mais de armar o jogo, volta para perto dos volantes, enquanto eu já procuro ficar mais próximo do gol. Temos que tomar cuidado com ele – afirmou Goulart, ao LANCE!Net.

Autor de 20 gols e quatro assistências em 46 jogos pelo Cruzeiro em 2014, o astro celeste foi lapidado no Goiás justamente por Enderson Moreira, o mesmo técnico que agora tenta tirar o melhor de Lucas Lima.

Ao L!Net, ambos destacaram os ensinamentos do treinador. Goulart citou os pedidos de Enderson para ele marcar mais, enquanto Lucas falou da confiança recebida pelo comandante alvinegro, que sempre que pode faz elogios a ele em entrevistas.

Com moral e vindo em boa fase, Lucas Lima, que retorna ao Peixe depois de ser poupado contra Fluminense e Chapecoense, reconhece que pode ser decisivo na semi e também exalta o “espelho” cruzeirense.

– Sei da minha capacidade e da minha responsabilidade. Venho buscando reconhecimento. Gosto de ter essa importância e a liderança técnica. Eu e o Goulart podemos decidir!



- Bate-bola com Ricardo Goulart, meia do Cruzeiro, ao L!Net:

O que prevê para essa decisão contra o Santos no Mineirão?

É esse tipo de jogo que a gente quer jogar. Nosso grupo já passou por várias situações, sabemos da responsabilidade desse jogo, estaremos concentrados. Haverá grandes jogadores do outro lado. Fomos felizes no Brasileiro, vencendo por 3 a 0, e espero que a gente possa fazer um grande jogo agora de novo.

Espera um jogo parecido com aquele, com o Santos atacando?
Acredito que eles vêm para jogar também, é o estilo de jogo deles. O Santos tem jogadores rápidos, de mobilidade, parecido com o nosso time. Temos que estar atentos e procurar o gol a todo instante. E sem levar gol, o que é super importante.

Encarar um time que ataca ajuda o estilo de jogo do Cruzeiro?
É ruim jogar contra time que só se defende. Mas, por outro lado, o Santos tem qualidade na frente. Será aberto.

Qual foi a importância do Enderson Moreira para a sua carreira?
Trabalhei com ele em 2010 e 2011 no Inter, depois fui para o Goiás a pedido dele. É um grande profissional, que está mostrando seu talento. Tenho um carinho enorme por ele e vai ser bom reencontrá-lo. Ele me orientava muito, me ajudou a evoluir na marcação.



- Bate-bola com Lucas Lima, meia do Santos, ao L!Net:

Sua trajetória é muito parecida com a do Ricardo Goulart. E em campo, vê semelhanças?

Acho que ele é muito dinâmico, sempre entra na área, e eu ainda busco isso. Ele cria e finaliza, a dinâmica chama atenção. Ele é mais meia-atacante, eu sou mais criador

Como está encarando o assédio que está recebendo pela boa fase?
Pega a gente de surpresa, né? Mas procuro ter a cabeça boa, quero mostrar meu futebol. Já mostrei meu valor e quero mostrar isso a cada jogo, para evoluir e ajudar o Santos. Assédio vai ter, mas tem que se manter bem.

Você tem poucas decisões no seu currículo. Gosta desses jogos?
Adrenalina tem. Mas quando o juíz apita tudo fica fora, a gente se isola. Eu me concentro nos 90 minutos.

O Goulart explodiu no Goiás, justamente com o Enderson como técnico. Acha que o treinador podem ser decisivos para um atleta?
Acho que a confiança ajuda. Um técnico pode recuperar um jogador, é essencial. Se em momentos difíceis o treinador dá uma oportunidade e passa confiança, o jogador acredita. O time também influencia. Quando está bem, os valores individuais aparecem.

2991 visitas - Fonte: LanceNet!




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