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28/10/2014 06:43

Éverton Ribeiro, Montillo e a 'ajuda' do Santos para formar o temido Cruzeiro

Adversário do Peixe na próxima quarta-feira conseguiu fortalecer caixa e contratar reforços após a venda de meia argentino. Hoje na Seleção, Éverton foi descartado na Vila

Éverton Ribeiro, Montillo e a ajuda do Santos para formar o temido Cruzeiro
Montillo foi contratado por cerca de R$ 16,6 milhões (Foto: Ivan Storti/ LANCE!Press)

Para chegar às finais da Copa do Brasil, o Santos terá de passar pelo Cruzeiro, time que caminha para o bicampeonato nacional, é visto como um dos melhores elencos do Brasil e alia jogo coletivo, velocidade e um ataque letal e goleador. Uma equipe apontada pela maioria como a melhor do país e que, por ironia do destino, contou com um colaboração indireta do Peixe para ser formado, entre o fim de 2012 e início de 2013.

Naquela época, a Raposa passou por uma grande reformulação, que só foi possível graças à venda do argentino Montillo por pouco mais de R$ 16 milhões ao Peixe. Atrás de um nome de peso para a camisa 10 depois da venda de Ganso ao rival São Paulo, o Santos não mediu esforços para contratar o meia, que vinha em baixa no clube mineiro. Além da quantia em dinheiro, os paulistas cederam o volante Henrique em troca – em outro negócio, a Raposa também ficou com o zagueiro Bruno Rodrigo, que não chegou a acordo para renovar com o clube da Vila Belmiro.

Com a transferência, o Cruzeiro fortaleceu seu caixa, se livrou de um alto salário e conseguiu recursos para contratar nomes como Diego Souza, Ricardo Goulart e Dagoberto.
A diretoria celeste evita falar publicamente sobre o tema, afim de não criar situação desconfortável com os santistas, com quem mantém boa relação, mas reconhecem a “ajuda” que tiveram do Peixe. E não apenas com Montillo. Uma decisão da cúpula alvinegra foi determinante para o sucesso celeste desde então.

Nos últimos meses de 2012, Everton Ribeiro fazia bom Brasileiro pelo Coritiba e seu empresário, Robson Ferreira, passou a oferecê-lo a diversos clubes. Um deles foi o Santos. A partir daí a história tem versões diferentes. O agente diz que se reuniu em quase dez oportunidades com os cartolas do Peixe. Por sua vez, Felipe Faro, ex-homem forte do futebol alvinegro, afirma que aconteceu só um encontro. Fontes ouvidas pelo LANCE!Net dizem que houce mais de um contato entre as partes, mas que Everton nunca foi prioridade, apesar de custar um quarto de Montillo.

– Ele teve tudo para ir para o Santos. Tivemos muitas conversas, reuniões, mas faltou habilidade para a diretoria do Santos negociar. Com o Cruzeiro, resolvemos em um dia – contou Robson, ao L!Net.
Fato é que o Peixe não imaginava que Everton despontaria, chegaria à Seleção Brasileira e se valorizaria em mais de cinco vezes. Pior de tudo será enfrentá-lo nesta quarta.

À BOCA PEQUENA:

Mecânico?
Robson Ferreira, empresário de Everton Ribeiro, conta um episódio curioso para ilustrar a dificuldade na negociação com o Santos. Segundo ele, um dia ele viajou até a Baixada Santista para se reunir com Felipe Faro, superintendente de esportes na época, e atrasou dez minutos em relação ao horário combinado. Segundo Ferreira, a reunião acabou duranto pouco mais de dez minutos, porque Faro disse que tinha que buscar o seu carro em uma oficina mêcanica. O ex-dirigente nega.

Um problema: Robson Ferreira, aliás, sempre foi apontado como um dos principais motivos para o Santos não se interessar por Everton Ribeiro, apesar de ver qualidades no jogador. Dirigentes do Santos – e não apenas Felipe Faro – alegam que o agente fazia muitos pedidos, leilões e não negociava de uma forma “justa”. Já o empresário critica a postura alvinegra, que, segundo ele, é muito lenta nas trativas. Atualmente, o Peixe evita fazer negócios com ele.



Bate-bola com o Empresário Robson Ferreira, ao LANCE!Net:

O Santos queria o Everton?

Eu tive umas dez reuniões... No mínimo, sete, por aí. É ruim falar, mas acho o seguinte: eles tinham interesse, mas tratavam o jogador como um plano B, já que eles tinham outras prioridades. Só que acabaram perdendo o “timing”. Quando eles fizeram um gesto, mostraram interesse, eu já tinha fechado com o Cruzeiro. Aí não dava mais tempo.

Então, na sua opinião, houve lentidão da diretoria do Santos?
É... não sei se foi falta de vontade. A metodologia foi ruim. Eles não souberam negociar muito bem. Não gosto de falar, mas o jogador teve tudo para ir para o Santos. Faltou um pouco mais de vontade da diretoria.

Já o Cruzeiro foi rápido?
Sim, muito. Isso se deve muito ao Alexandre Mattos, que é um cara habilidoso, rápido, que entende do meio, sabe lidar e fala a linguagem do empresário. É um cara diferente. Se ele estivesse no Santos, com certeza o Everton teria ido para lá. Mas deu certo no Cruzeiro, é isso que importa.

4791 visitas - Fonte: LanceNet!




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