Ricardo Goulart volta a ser titular neste sábado, em Floripa (Foto: Washington Alves/Light Press)

As vaias recebidas pelo Cruzeiro no Mineirão logo após o gol do palmeirense Mouche, aos 43 minutos do segundo tempo, que abriu o placar no empate por 1 a 1 na última quarta, foram injustas na opinião do comentarista Bob Faria, no "Arena SporTV". Na opinião do jornalista, a oscilação da equipe mineira na segunda metade do Brasileirão é algo bastante natural.

- Considero uma injustiça ficar vaiando o time neste momento, por tudo o que ele apresentou até agora. Nem acho que é uma queda de rendimento, é mais uma equalização de rendimento. De físico, de conhecimento dos adversários. Todo mundo meio que aprendeu a se enfrentar. O time passou rodadas com desfalques importantes e acabou sentindo, o que acho natural. Não vejo essa cobrança como uma coisa normal. Acho até injusto com o time.

Neste sábado, o Cruzeiro enfrenta o Figueirense, às 16h20 (de Brasília), no Orlando Scarpelli. A vantagem para o vice-líder São Paulo segue sendo de sete pontos. Restam oito rodadas pela frente. Na última rodada, Ricardo Goulart reforçou o time no decorrer da partida contra o Palmeiras. Nesta rodada, faz o seu primeiro jogo como titular desde que saiu do time por lesão.

- Com a volta dos principais jogadores, a tendência é ir melhor. Foi um péssimo resultado contra o Palmeiras em função dos méritos do Palmeiras, que montou uma retranca muito bem montada e matou o jogo em contra-ataques. Mas é o grande favorito, um time que tem 99% de chance de ser campeão pela sua regularidade - destacou ele.

Para Bob Faria, o torcedor do Cruzeiro ficou mal acostumado com o grande rendimento do time no primeiro turno (43 pontos em 19 jogos). Nos últimos 11 jogos, o time somou 17 pontos dos 33 pontos possíveis, em aproveitamento de 51,5%.

- O torcedor não vê detalhes de desgaste físico e emocional, e nem a forma como o adversário joga. No primeiro turno, muita gente achava que podia vencer o Cruzeiro jogando de peito aberto. Agora, no segundo, todo mundo conhece as armas do time. O torcedor criou um paradigma e quer que ele jogue sempre assim. Um pouco de raciocínio tira isso.