"Realizo reuniões e exercito a consciência", disse Marcelo Oliveira (Foto: Washington Alves/Light Press)

A liderança de sete pontos de vantagem imposta pelo líder Cruzeiro no Campeonato Brasileiro pode ser facilmente justificada por seu elenco estelar. Poucos clubes no Brasil dispõem de um plantel com jogadores do nível de Dedé, Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart e Marcelo Moreno. Assim, ao olhar para o banco de suplentes, não é de se espantar a presença de nomes como Júlio Baptista, Borges e Dagoberto. Todavia, manter motivados atletas que já foram referência nos principais clubes do território – e também na Europa – não é tarefa fácil.

Tal missão cai para Marcelo Oliveira, que busca, pela segunda vez, o título do Campeonato Brasileiro. Para seguir impondo foco durante os trabalhos do cotidiano celeste, o comandante recorre à reuniões periódicas e também a uma oportuna comparação com o panorama do futebol europeu, que põe em xeque o pensamento do jovem jogador na atualidade.

“Ouço muito dizer por aí que o objetivo do jovem jogador é jogar na Europa. Antigamente, no meu tempo, esse sonho era a Seleção Brasileira. Porém, não consigo entender uma coisa: quando saem do país, os atletas respeitam a permanência no banco de reservas. Neymar, em sua chegada ao Barcelona, passou por isso, assim como Kaká e Robinho. Porém, por aqui, eles ficam deprimidos, sofrendo muito. Por isso, desde o início de meu trabalho, realizo reuniões e exercito a consciência do jogador. Todos devem pensar da mesma forma”, disse, em entrevista ao SporTV.

Adiante, o comandante da Raposa revelou a boa convivência que construiu com o plantel celeste e aproveitou para criticar a postura de certos atletas. “Não gosto do jogador acomodado, que treina apenas por obrigação. Quero um profissional que lute pela titularidade. Felizmente, aqui no Cruzeiro, existe tranquilidade e bom entendimento. Assim, quando chegarmos ao final do ano, todos vão olhar para trás e enxergar que participaram de alguma forma”, analisou.

O próximo desafio do líder Cruzeiro ocorre nesta quarta-feira, às 19h30 (de Brasília), diante do Palmeiras, no Mineirão. A Raposa possui o retrospecto de 18 vitórias, cinco empates e seis derrotas, com 52 gols marcados e 30 tentos sofridos.