Pelé e Tostão eram estrelas de Santos e Cruzeiro em 66; Reinaldo desafiou as dores no corpo para pegar o Fla

Dois duelos de muita história. As semifinais da Copa do Brasil deste ano colocarão frente a frente antigos rivais. De um lado da chave, Cruzeiro e Santos se reencontrarão após as históricas batalhas pelos Brasileiros de 1966 e 2003. Do outro, Atlético e Flamengo reviveram talvez a maior rivalidade do futebol brasileiro na década de 1980.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) agendou duas datas para as semifinais: dia 29 deste mês e 5 de novembro. Os mandos de campo serão definidos nesta sexta-feira, às 14h, em sorteio, na sede da entidade máxima do futebol no Brasil, no Rio de Janeiro.

Para os cruzeirenses, o Santos traz ótimas lembranças. Foi justamente contra o Peixe que a Raposa ganhou os dois primeiros dos seus três títulos nacionais, em 1966 e 2003.

A primeira partida da decisão da Taça Brasil de 1966 (hoje reconhecida como Campeonato Brasileiro) é considerada uma das mais surpreendentes e inesquecíveis do futebol brasileiro.

O Santos era o melhor time do mundo. Vinha do pentacampeonato, de 1961 a 1965, liderado por Pelé, e buscava o hexa. Por outro lado, o Cruzeiro era formado por jogadores jovens – como Raul, Tostão, Piazza, Evaldo, Natal e Dirceu Lopes. A Raposa não tomou conhecimento do time praiano e aplicou uma goleada histórica: 6 a 2, no Mineirão. No jogo de volta, outra vitória: 3 a 2, no Pacaembu.

Em 2003, 37 anos depois, Santos e Cruzeiro duelavam por outro título brasileiro. Desta vez, o título era disputado em pontos corridos. A Raposa, comandada pelo meia Alex, levou a melhor nos dois confrontos. No Mineirão, diante de 65.366 pagantes, vitória por 3 a 0 (Aristizábal, dois gols, e Felipe Melo). No jogo do primeiro turno, na Vila Belmiro, o clube celeste também saiu vitorioso: 2 a 0, gols de Aristizábal e Mota.

Mineiros e paulistas também já se enfrentaram na semifinal da Copa do Brasil. Em 2000, o Cruzeiro venceu o Santos por 2 a 0 (Geovanni e Donizete Oliveira), no Mineirão, e empatou o jogo de volta, por 2 a 2 (Rincón e Andre Luis, pelo Santos, e Ricardinho e Oséas, pelo Cruzeiro). Na decisão, o time celeste venceu o São Paulo, conquistando o tricampeonato.