Perna direita de Tinga ainda está muito inchada
(Foto: Tayrane Corrêa)
O jogador tem contrato com o Cruzeiro até maio de 2015, e ainda não tem tempo previsto de recuperação, mas espera atingir as condições físicas necessárias para retornar aos gramados antes do fim do contrato com o clube. Ainda acredita que tem muito a oferecer para o Cruzeiro, que deu total apoio a ele durante o episódio de racismo que viveu no Peru, durante jogo válido pela Libertadores -
na ocasião, foi chamado de macaco por torcedores do Real Garcilaso.
- Eu quero voltar. Gostaria muito de poder retribuir dentro de campo tudo que o Cruzeiro e o torcedor tem feito por mim. Uma da minha meta pessoal é isso, pois sempre que eu precisei eles tiveram do meu lado. Eu não gostaria de acabar a carreira assim, em baixa, ou por lesão. Gostaria de acabar em alto nível.
Ambições
Tinga espera quer essa retribuição venha em forma de títulos. E revela o desejo de terminar a carreira no Cruzeiro.
- Eu tenho ambições ainda. Gosto muito da vitória, do titulo. E foi isso que me levou ao Cruzeiro com 34 anos e esta aqui até hoje, com 36. E minha carreira só é longa por causa das conquistas. Minha maior missão é vencer. Minha ambição é terminar a carreira vencendo, e em clube vencedor.
Mas mesmo com tanta sede de vitórias, ele não descarta totalmente a possibilidade de se aposentar em breve.
- Primeiro vou me recuperar e ver como vou estar. Eu sou competitivo até em treino, e para vencer você tem que estar bem. Decidi que a hora de parar é quando eu não estiver bem, então vai depender da minha recuperação. Meu sonho é jogar enquanto tiver condições físicas. Nós somos humanos, sempre criamos metas. Talvez depois disso eu tenha que criar uma meta nova.
Detalhe da cicatriz no joelho do volante cruzeirense
(Foto: Carina Pereira/TV Globo Minas)
Grupo unido
Mas não é só pelos títulos que Tinga quer permanecer no Cruzeiro. O jogador fala que nem no auge da carreira, em outros clubes, encontrou tanta união.
- O que eu vivo aqui no Cruzeiro eu nunca vivi nem no Internacional nem no Grêmio, isso é muito sincero. Eu podia dizer o contrário, porque nestes outros clubes eu era titular absoluto e aqui eu nem jogo tanto. Mas aqui foi onde eu mais senti união de todos os jogadores, comissão técnica e funcionários. Claro, temos nossas brigas, nossas lutas, mas o carinho e objetivo de trazer vitórias para o Cruzeiro estão acima de tudo. Então nós superamos estas diferenças e vamos criando cada vez mais carinho uns pelos outros.