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18/8/2014 08:56

OFF - Grêmio líder e Vasco cabeça de chave; entenda ranking da CBF

OFF - Grêmio líder e Vasco cabeça de chave; entenda ranking da CBF
Foto: Rossana Fraga / Agência Lance

O sorteio que define as oitavas de final da Copa do Brasil nesta segunda-feira, às 11h (de Brasília) é pensado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para não colocar frente a frente, logo de cara, as equipes que ela considera as melhores do País. Mas qual o critério da entidade para definir os clubes que são cabeças de chave nesta fase da competição, além dos que jogaram a Libertadores e entram direto nesta fase? A resposta é o obscuro ranking da CBF, atualizado anualmente e que serve também para classificar automaticamente alguns times para a Copa do Brasil.

Por que o Grêmio, que não vence um título nacional de primeira divisão desde 2001, é o primeiro colocado? E por que o Vasco, atualmente na Série B, é cabeça de chave das oitavas de final da Copa do Brasil? Entenda a seguir as contas feitas pela confederação que comanda o futebol brasileiro para definir a lista.

As bizarrices do antigo ranking

O ranking da CBF tem o formato atual desde 2012, quando o modelo anterior foi alterado. O esquema antigo tinha características bizarras: enquanto o Campeonato Brasileiro distribuía pontos em uma escala (60 para o campeão, 59 para o vice, etc), a Copa do Brasil usava outra totalmente diferente (30 para o campeão, 20 para o vice, etc). Desta forma, era muito mais vantajoso vencer o torneio de mata-mata do que a principal competição do País.

Outra peculiaridade do ranking antigo era que os pontos conquistados eram "eternos" – não importa quantos anos passassem, um clube nunca perdia seus pontos recebidos. Por fim, outro ponto que não fazia sentido era que os clubes que participavam da Libertadores não recebiam recompensa nenhuma, já que não se trata de uma competição da CBF. Portanto, como não podiam disputar a Copa do Brasil, perdiam a chance de somar uma grande quantidade de pontos – efetivamente, quem jogava o principal torneio do continente era prejudicado no ranking.

Novo ranking altera regras...

Motivada pelas críticas ao sistema e à mudança de formato da Copa do Brasil, que passou a ser disputada ao longo do ano inteiro e permitiu que os times da Libertadores tomassem parte a partir das oitavas de final, a CBF alterou o ranking há dois anos. Em 2013, o novo modelo foi usado pela primeira vez para definir os principais times do Brasil, sendo que a principal mudança foi que a lista não era mais histórica – só levava em conta as últimas cinco temporadas, com peso maior para as mais recentes.


O esquema de distribuição de pontos também mudou: agora, os times sempre recebem uma porcentagem dos pontos do campeão. Por exemplo: o vencedor da Série A ganha 800 pontos, e o vice recebe 80% desse valor (640); o terceiro recebe 75% (600); o quarto leva 70% (560); e a partir daí, é reduzido sempre um ponto percentual (69% para o quinto, 68% para o sexto, etc).

Cada competição tem seu valor máximo para o campeão: além dos 800 pontos da Série A, principal torneio da CBF, 400 pontos para o vencedor da Série B; 200 para a Série C; e 100 para a Série D. Já na Copa do Brasil, são 600 pontos para o campeão, com 480 para o vice, 450 para os semifinalistas, e assim sucessivamente. Até os eliminados na primeira fase ganham pontos (25).

...mas ainda causa estranhezas


Torcida do Grêmio pode comemorar a liderança do ranking da CBF
Foto: Lucas Uebel / Getty Images


Como os times da Libertadores agora podem jogar a Copa do Brasil, o problema causado pelo fato de a competição continental não ser considerada no ranking não é tão grande. Porém, ainda causa fatos estranhos: campeão das Américas no ano passado, o Atlético-MG ocupa apenas com o 15º lugar na lista da CBF. Já o Vasco, que acabou a temporada rebaixado, é o 4º colocado – o que o torna cabeça de chave da Copa do Brasil, mesmo com o time atualmente na Série B. O motivo é que, no balanço geral dos cinco anos passados, o Vasco teve desempenho superior ao Atlético nas competições nacionais.

A lista também é usada para classificar à Copa do Brasil os dez melhores colocados que não tenham conseguido vaga pelos Estaduais, fazendo com que, mesmo que não tenham boas campanhas em seus torneios regionais, times tradicionais sejam "resgatados" pelo ranking. Um modelo menos confuso que o anterior, mas ainda capaz de colocar um ponto de interrogação na cabeça do torcedor.

Confira os 15 primeiros da edição 2014 do ranking da CBF



1827 visitas - Fonte: Terra




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