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13/8/2014 09:22

OFF - Auxiliar do 'gol do chip' na Copa revela expectativa para final da Libertadores

Escalado com trio brasileiro para final entre San Lorenzo (ARG) e Nacional (PAR), nesta quarta, Marcelo Van Gasse rejeita pressão e comenta "tecnogol" de Benzema

OFF - Auxiliar do gol do chip na Copa revela expectativa para final da Libertadores
Marcelo Van Gasse foi o auxiliar do "gol com chip na bola" (Foto: Roberta Oliveira)

Missão dada, missão cumprida. Em janeiro, o árbitro auxiliar Marcelo Van Gasse prometeu fazer o melhor durante a Copa do Mundo. O trio brasileiro, formado pelo árbitro Sandro Meira Ricci e os auxiliares Van Gasse e Emerson de Carvalho, foi aprovado pela Comissão de Arbitragem da Fifa e entrou para a história ao ser o primeiro a utilizar a tecnologia na validação do gol do atacante francês Benzema contra Honduras.

Na última semana, Marcelo passou por Juiz de Fora, onde mora com a família e falou sobre o próximo desafio: arbitrar a decisão da Libertadores, entre San Lorenzo (ARG) e Nacional (PAR), nesta quarta-feira, às 21h15, no estádio Nuevo Gasômetro, em Buenos Aires. Em entrevista ao GloboEsporte.com, o auxiliar da Fifa fez um balanço sobre a atuação no Mundial, comentou a expectativa para a finalíssima da maior competição continental e assumiu: sem a tecnologia, não teria dado o gol da França.

PANELA DE PRESSÃO NA ARGENTINA


Trio vai encarar pressão da torcida do San Lorenzo
(Foto: Diego Guichard/Globoesporte.com)


Quem trabalha com arbitragem no futebol não pode ter medo de cara feia. Preparado para a "panela de pressão" em que a torcida argentina promete transformar o Estádio Nuevo Gasômetro nesta quarta, Van Gasse mantém o foco para fazer um bom trabalho na final.

- O foco do árbitro de futebol é o próximo jogo. No meu caso, agora, o da Argentina. A gente espera fazer um bom trabalho na próxima quarta-feira e continuar representando bem a arbitragem do Brasil – garantiu.

A preparação para o jogo decisivo começa antes mesmo da semana do jogo. Ainda que o trio conheça o estilo de jogo da Libertadores, assistir à primeira partida da final conta para saber mais sobre os times e os jogadores que estarão envolvidos.

- A nossa final de Libertadores já começou no primeiro jogo, no Paraguai, observando o comportamento dos jogadores em campo e algumas situações que possam nos auxiliar no campo de jogo. No mais, é tudo normal. Nós já apitamos no futebol argentino e conhecemos o estilo de jogo aqui na América do Sul, que é mais pegado. Eu particularmente estou tranquilo para a partida no Nuevo Gasômetro – disse Van Gasse.

O TRIO DO "TECNOGOL"

Para trabalhar em confrontos de alto nível é necessário bagagem. Além dos anos de arbitragem, em 2014 Marcelo Van Gasse pôde vivenciar o ápice da carreira na Copa do Mundo no Brasil. Ele fez parte do trio de arbitragem que atuou em três partidas: França x Honduras; Alemanha x Gana e Alemanha x Argélia. E logo no primeiro jogo, entrou para a história.

O trio foi o primeiro a utilizar o recurso do Goal Line Tecnology (aparato tecnológico que detecta quando a bola ultrapassa a linha do gol) em uma Copa do Mundo. Logo na primeira partida deles, França x Honduras, em Porto Alegre. Van Gasse aprovou e destacou a importância do uso da tecnologia.

- Se não fosse a tecnologia, a gente não daria o gol naquela situação. A gente não conseguiu ver. Com essa ajuda, não tem nem como eu falar que é ruim. Para a gente, como árbitro, em lances capitais, o uso da tecnologia é importante – afirmou.

Após atuar em outras duas partidas, ele contou que o trio recebeu retorno positivo da Fifa.

- A gente só foi dispensado no dia 14, depois da final. A Comissão de Arbitragem falou que a gente tinha feito um bom trabalho e que as portas estão abertas - destacou.

O bandeirinha também destacou que o "padrão Fifa" de qualidade afetou também os jogadores, que se comportam melhor diante da visibilidade da competição. Clima diferente do que costuma encarar nas competições sul-americanas.

- É o maior evento do mundo do futebol. Os jogadores ajudam a arbitragem, no sentido de "fair play", "padrão FIFA". O ambiente é mais fácil de trabalhar, porque são os melhores de cada país. Aqui na América do Sul é diferente da arbitragem de evento Fifa, é um pouco mais truculento – comparou.

Para quem, a partir de agora, ao lado de Mundial de Clubes e de trabalhos em competições das categorias de base, pode se orgulhar de dizer que trabalhou na Copa, as metas continuam elevadas.

- Quem sabe chegar ao próximo mundial? Daqui a quatro anos, está muito distante ainda, mas pelo menos a gente deixou uma boa impressão – afirmou Van Gasse.


Van Gasse (dir.) junto com os outros integrantes do trio brasileiro na Copa do Mundo, Sandro Meira Ricci (centro) e Emerson de Carvalho (esq.) (Foto: Getty Images)

1710 visitas - Fonte: Globo Esporte




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