A temporada para o futebol feminino está chegando ao fim. O Cruzeiro está na semifinal do Campeonato Mineiro e está há uma semana do fim da temporada. Com um ano positivo esportivamente, mas mudanças na gestão, Pedro Lourenço revelou o que tem investido no clube, explicou uma das discordâncias que pode ter gerado saída da Kin Saito da gestão do feminino e ainda questionou as regras da CBF para a categoria. + ? Clique aqui e siga o canal da torcida do Cruzeiro no WhatsApp! Mais notícias do Cruzeiro Com contrato no Cruzeiro, atacante espera definição sobre futuro + Simulador do ge: clique aqui e projete a reta final do Cruzeiro no Brasileirão - Nós temos a menina do feminino (Kin Saito) que ela pediu demissão porque ela queria R$ 15 milhões para gastar no futebol feminino e eu expliquei que não tenho esse dinheiro e não consigo. A gente tem que investir no futebol. Se você não investir... se parar no tempo, não pode. Inclusive, falando do feminino, as regras do futebol feminino que não tem renda, mas as regras que a CBF coloca para o futebol feminino são coisas impossíveis de fazer. Agora tem Sub-17 e Sub-20 do feminino. Se chegar nas oitavas (do Brasileirão) tem que jogar em estádio para 20 mil torcedores, o público em Minas ainda é de duas mil. São coisas que no futebol tem que ir mudando devagarzinho. "Não sou contra as mulheres, sou a favor de ter o futebol feminino. Nós já gastamos mais de R$ 8 milhões por ano no feminino" - disse Pedro Lourenço.
A nova gestora da categoria, Bárbara Fonseca, explicou que o dono do clube entende que precisa aumentar o investimento no próximo ano. Ela ainda esclareceu a fala de Pedro Lourenço, quando disse que montaria um time "razoável" para 2025. - Se você está dentro do contexto do que foi aquela semana anterior à fala dele, você compreenderia na sua totalidade sem assustar. Ele não vai boicotar o futebol feminino, ele é um gestor apaixonado pelo Cruzeiro , independente se são homens dentro de campo ou se são mulheres. Vestiu a camisa do Cruzeiro , ele defende, eu não tenho dúvida nenhuma disso. (...) O contexto era o seguinte, houve um ruído no que seria o investimento para o futebol feminino em 2025. Esperava-se o dobro e em algum momento falou assim: 'Olha, esse dobro nunca foi alinhado, o que a gente vai fazer é, todo ano a gente melhorar o investimento, melhorar a equipe, a estrutura, a gente vai fazer isso de maneira gradual para que o crescimento seja orgânico, para que depois a gente não dê um passo maior do que a perna.'
Bárbara era gerente do futebol feminino e foi promovida com a saída da Kin. Ao planejar o próximo ano, a gestora garante que os valores trabalhados são maiores do que o desta temporada e que haverá um meio do caminho entre os R$ 15 milhões preteridos pela Kin Saito, e os R$ 8 milhões de 2024. - A gente vai fechar 2024 tendo investido 8 milhões no futebol feminino. O meio do caminho ainda não tá fechado, porque a gente ainda está trabalhando algumas contratações. Há uma permissão para se chegar no teto e talvez a gente chegue, talvez não, porque montar uma equipe de futebol feminino, o que conduz, não é o investimento que eu tenho, o que me conduz são as diretriz técnicas e táticas. Buscar o perfil não quer dizer que vamos gastar todo o dinheiro que temos para investir, talvez a gente nem chegue no total que está sendo permitido fazer, mas ainda não tenho esse valor fechado, porque as negociações ainda estão correndo. Mas tem aí uma tranquilidade para dar uma melhorada e o investimento ser maior.
Recentemente, o Cruzeiro anunciou as renovações de Vitória Calhau, Byanca Brasil, Taty Amaro, Fabi Sandoval e Limpia Fretes. Eles ainda trabalham na renovação da atacante Vanessinha, que está no clube desde o primeiro ano de projeto, e na contratação da zagueira Isa Haas (atualmente no Internacional), e a lateral Isabela Chagas, do Corinthians. - Quando ele (Pedro Lourenço) fala, montar uma equipe razoável, ele quer dizer, não é o dobro, que talvez estava-se desenhando, a gente vai ficar aqui no meio do caminho e depois a gente cresce, cresce e cresce. Eu tenho certeza absoluta que depois saldar essa dívida (acumulada do Cruzeiro ), o nosso fôlego vai ser maior, vamos ser mais sólidos e vamos conseguir fazer um investimento maior. Por enquanto vai ser assim e é assim que eu acho que tem que ser, não é só uma ideia dele, é minha também. Assista: tudo sobre o Cruzeiro no ge, na Globo e no Sportv