A torcida do Cruzeiro viveu o pré-jogo do duelo com Libertad, pela ida das quartas de final da Copa Sul-Americana, no estádio Defensores del Chaco, nesta quinta-feira (19), às 21h30 (de Brasília), de “freio de mão puxado”. Ou melhor, de mãos vazias, sem copo de bebida alcóolica. Como é proibido por lei o consumo de álcool nos estádio do Paraguai, o torcedor celeste ficou com receio de que as autoridades pudessem usar o bafômetro na entrada do palco da partida, antes do jogo.

Por isso, os torcedores mostraram apreensão em tomar cerveja ou ingerir outro tipo de bebida alcoólica no pré-jogo. Onde tinha cruzeirense na capital paraguaia nos últimos dias o assunto do bafômetro era quase obrigatório. “Será que vai ter bafômetro?” era o grande questionamento.

No fim das contas, os policias paraguaios não utilizaram o aparelho que permite determinar a concentração de bebida alcoólica por meio do ar exalado dos pulmões das pessoas antes de Libertad x Cruzeiro. A Itatiaia foi em busca de respostas para a não utilização do bafômetro na partida desta quinta-feira (19).

Segundo o jornalista Angel Ramos, do canal “ Extensión Deportiva ”, do Paraguai, o uso do bafômetro no Defensores del Chaco tem sido frequente em partidas de grande apelo. “Hoje (antes de Libertad e Cruzeiro) não teve bafômetro. É mais comum usarem em dias de grandes jogos, como clássicos entre Cerro Porteño e Olimpia. Ou em outras partidas importantes de Libertadores, da própria Sul-Americana, jogos entre seleções.

Por exemplo, nas Eliminatórias entre Paraguai e Brasil as autoridades usaram o bafômetro”, contextualizou.

Em 2023, antes da partida entre Cerro Porteño e Fortaleza, válida pela Libertadores da América, houve uso do bafômetro. O próprio clube brasileiro usou suas redes sociais para se comunicar com os torcedores avisando sobre o uso do medidor do teor alcoólico. “Não será permitido consumir álcool no dia da partida, pois haverá teste de bafômetro no estádio”, publicou à época o clube cearense, nas redes sociais.

O uso do bafômetro no Defensores del Chaco não é recente. Vale lembra que torcedores de clubes do Brasil e de outras nacionalidades já foram barrados pelo alto consumo de álcool antes da partida. Há 11 anos, em 2013, torcedores do Atlético foram proibidos de entrar no estádio pelo excessivo consumo de álcool antes da partida de ida da final da Copa Libertadores daquele ano. Três anos depois, em jogo das Eliminatórias da Copa do Mundo, brasileiros também foram barrados antes do jogo entre Paraguai e Brasil.